O influenciador Allan Moura, alvo de uma operação da Polícia Civil do Piauí em Água Branca, interior do Piauí, é investigado por promover rifas e jogos ilegais e por ocultar patrimônio de origem suspeita. De acordo com as investigações, ele movimentou mais de R$ 300 mil em apenas dois meses. As investigações apontam que o influenciador utilizava suas redes sociais para divulgar plataformas clandestinas de apostas, induzindo seguidores ao erro. Além disso, exibia bens de luxo incompatíveis com sua renda declarada, como carros e viagens ao exterior, usados para reforçar uma imagem de sucesso e atrair mais participantes para os jogos ilegais.
Em entrevista à TV Antena 10, o delegado Matheus Zanatta, superintendente de Operações Integradas da Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI), explicou que o inquérito teve início no ano passado, após o crescimento expressivo do patrimônio do influenciador. Em um ano, ele chegou a trocar de carro cinco vezes, todos veículos de luxo.
“Essa investigação começou em Água Branca no ano passado. Em apenas dois meses, ele movimentou R$ 361 mil. Em um ano, trocou de carro cinco vezes, todos veículos de luxo, um deles avaliado em quase R$ 300 mil. O patrimônio dele aumentou muito rapidamente, o que chamou atenção e motivou a abertura do inquérito. Durante a operação, apreendemos um Corolla e uma motocicleta Sahara, que seriam rifados na próxima semana”, detalhou Zanatta.
Com mais de 26 mil seguidores, Allan Moura costumava publicar conteúdos sobre motocicletas, viagens e estilo de vida de luxo, o que, segundo a polícia, era uma forma de ostentar e atrair seguidores para os esquemas ilegais. “Ele ostenta nas redes para conquistar seguidores e passa uma falsa impressão de que, ao participar das rifas ou jogos, qualquer pessoa também poderia ganhar dinheiro”, completou o delegado.
TV Antena 10
A Justiça autorizou mandados de busca e apreensão, extração de dados, sequestro de um veículo de alto valor e a suspensão dos perfis do investigado nas redes sociais. Allan Moura poderá responder por divulgação de jogos de azar, associação criminosa, estelionato, lavagem de dinheiro e crimes contra as relações de consumo.