Dia 6 de fevereiro. Esta é a data para o retorno às atividades na Câmara Municipal de Teresina. Com uma renovação de 55%, esta legislatura tem muitas caras novas e promete aprofundar os debates ideológicos entre petistas e bolsonaristas. A polêmica já está nos bastidores e já coloca o embate direto entre essas duas correntes em torno das redes sociais envolvendo dois vereadores de primeiro mandato.
João de Deus Pereira (PT) foi vítima de um assalto. Toda a família foi feita refém sob armas apontadas para suas cabeças. Além dele, a esposa e um filho de cinco anos viveram o pavor. No dia seguinte, o parlamentar teria dito: “Criminosos têm mais direitos que cidadãos de bem”. Com essa frase de gancho, o vereador e jornalista Petrus Evelyn (PP) fez postagem onde diz solidarizar-se com o colega de parlamento, mas aproveitou para fazer críticas de cunho político-ideológico.
“Vamos lembrar que seu partido – que você homenageou com um TODES durante sua posse – é a favor das saidinhas de presos, criticam a polícia, é contra a maioridade penal, a favor da legalização das drogas, contra penas mais duras. Direitos que só favorecem os bandidos como os que invadiram sua residência”, postou.
Sem citar nomes, João de Deus lamentou “ataques” e o que chamou de “guerra digital”. O vereador disse que irá buscar no regimento da Câmara Municipal os meios legais de buscar reparação. Por outro lado, o corregedor da CMT, Edilberto “Dudu” Borges (PT), afirmou que o Conselho de Ética poderá ser acionado, caso o vereador represente contra Petrus Evelyn.