Nilvan Masciel Neiva foi condenado a 18 anos e 8 meses de prisão em regime fechado pelo assassinato da professora Leonor Moreira da Silva, após julgamento no Tribunal Popular do Júri nessa terça-feira (14) em Teresina. A vítima era sogra do réu na época do caso. Ele foi julgado após mais de 17 ano depois do crime.
A pena do acusado pelo homicídio foi de 16 anos de reclusão, no entanto, a qualificadora aumentou em mais um sexto a pena, chegando a 18 anos. Ele vai iniciar o cumprimento da pena em regime fechado na Penitenciária Irmão Guido, em Teresina.
Em entrevista à TV Antena 10, Adrimaria Moreira, irmã da vítima, contou que ficou satisfeita com a decisão da justiça, mas lamentou o fato do acusado não ter saído preso do local.
"Estamos satisfeitos que foi feito justiça. Ele foi condenado a 18 anos de prisão... só nem tudo é perfeito. Infelizmente ele não saiu preso como a própria juíza anunciou que devido as inovações da lei 13.964 de 2019, o famoso pacote anticrime, ele não vai ser preso enquanto não transitar e julgado esse processo. Queríamos ter visto ele saindo preso, mas estamos dispostos a continuar lutando para mudar essa legislação", disse.
Nilvan era casado com a filha de Leonor, Clarissa Oliveira. Na época, o acusado ficou preso por seis meses e desde então aguarda o julgamento em liberdade que só ocorreu após quase 18 anos.
Clarissa Oliveira relatou à TV Antena 10 que o crime aconteceu durante a festa de aniversário de Leonor. Nilvan estava agitado e chegou a exibir a arma que usou horas depois para cometer o crime. Próximo do fim da festa, Leonor foi convencer o genro a entregar a arma. Em vez de entregar, Nilvan recarregou a arma e disparou por duas vezes contra a sogra, atingindo a cabeça.
Nilvan foi denunciado por homicídio doloso com duas qualificadoras: motivo fútil e usando método que impossibilitou a defesa da vítima.