Justiça mantém prisão de acusado de matar rival em triângulo amoroso em Teresina

No pedido, a defesa alegou “ausência de fundamentos para a manutenção da referida medida”

A Justiça do Piauí, por meio da juíza Maria Zilnar Coutinho Leal, negou o pedido de revogação e manteve prisão preventiva de Breno Ronaldy Rodrigues Guimarães, acusado de assassinar Alef Oliveira de Lima em junho deste ano no conjunto Frei Damião, zona Sudeste de Teresina.

Segundo decisão obtida pelo A10+, a defesa do acusado pediu a revogação da prisão preventiva alegando "ausência de fundamentos para a manutenção da referida medida". A juíza, no entanto, entendeu que há provas suficientes que confirmam a autoria do crime, colhidas em exame pericial.

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TV Antena 10

  

"Existem indícios que apontam para o acusado a coautoria da conduta, tanto que a denúncia foi recebida; o acusado reitera na prática de delitos e o modus operandi empregado no cometimento do delito evidenciam que a sua liberdade representam perigo para a manutenção da ordem pública e que outras medidas cautelares diversas do encarceramento não são suficientes para a garantia da tranquilidade que a ordem pública exige", diz trecho da decisão.

Prisão domiciliar 

Sabrina Grazielle Pereira Dourado, acusada de ser a mandante do assassinato de Alef Oliveira Lima, em junho deste ano, teve prisão domiciliar concedida pela Justiça do Piauí. Ela foi indiciada e presa preventivamente após mandar matar o ex-namorado, por motivos de ciúmes, na zona Sudeste de Teresina. 

Breno, Sabrina e Alef
Reprodução
   

De acordo com o documento, obtido pelo A10+, a prisão domiciliar foi concedida após a defesa alegar que a acusada tem uma filha de 4 anos de idade que necessitava dos cuidados da mãe. Mediante apresentação dos documentos, a justiça entendeu que seria necessária a substituição de prisão preventiva em regime fechado para prisão domiciliar.

Presa após comentar post do A10+

O delegado Bruno Ursulino, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), relatou que Sabrina Grazielle Pereira Dourado, envolvida no triângulo amoroso que terminou com um homem morto em Teresina, foi encontrada pelas equipes após ter comentado uma reportagem da TV Antena 10 no instagram do Portal A10+. Ela foi presa nesta quinta-feira (24).


De acordo com as informações apuradas durante as investigações, o crime teria sido passional, e a morte da vítima teria sido ocasionada por ciúmes. Alef, a vítima, era ex-companheiro de Sabrina, e Breno Ronald, o suspeito que já foi preso, seria o atual companheiro da presa. Os envolvidos já teriam o hábito de ter discussões que, com o tempo, evoluíram para ameaças. 

Amor e Morte

Na noite do sábado, 21 de junho, criminosos em um carro foram até a residência de Alef Oliveira e atearam fogo em sua motocicleta. Logo em seguida fugiram. Momentos depois, enquanto tentava conter as chamas, Alef foi surpreendido com disparos de arma de fogo vindos de um homem em uma motocicleta. Segundo a polícia, a vítima tentou correr para dentro da residência, mas foi atingindo por um tiro que atravessou o muro e perfurou seu peito.


De acordo com as informações, logo após o crime, que aconteceu no dia 21 de junho, a polícia colheu as primeiras pistas e recebeu a informação de que o suspeito e a vítima possuíam relacionamento amoroso com a mesma mulher. As informações dão conta ainda de que esta mulher teria morado por um tempo com Alef Oliveira e depois passou a ter um relacionamento com Breno Ronald, o suspeito da execução.

Os dois envolvidos possuíam desavenças e já teriam tido desentendimentos por conta do relacionamento. "A gente sabe que em um determinado tempo, a garota com a qual eles tinham relação, ela morou com a vítima, mas depois se separaram e teve relacionamento com o suspeito que atirou. Nós sabemos que existiram discussões entre o suspeito que atirou e a vítima que morreu, e que o foco dessas discussões era exatamente essa relação que o suspeito estava tendo com a garota que anteriormente a vítima teve essa relação, e que durante essas discussões houveram ameaças entre os dois homens", detalhou o delegado Bruno Ursulino, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, o DHPP, à imprensa.