O desembargador Pedro de Alcântara Macêdo, do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI), suspendeu a decisão que havia decretado a prisão preventiva do ex-policial militar Max Kellysson Marques Marreiros, acusado de matar o técnico em radiologia Rudson Vieira Batista da Silva. O crime ocorreu durante uma briga em um bar em dezembro de 2019.
A suspensão do desembargador ocorreu antes mesmo do ex-policial ter sido preso. O Ministério Público havia solicitado a prisão com fundamento na garantia da ordem pública e por conta de descumprimento de medida cautelar, que havia sido, inclusive, acatada pelo próprio desembargador Pedro de Alcântara Macêdo, no último dia 15 de setembro.
Na decisão, obtida pelo A10+, o desembargador reconheceu a alegação da defesa do ex-policial, que afirmou não ter sido intimada para a sessão de julgamento em que a prisão foi decretada.
Diante disso, o membro do TJ-PI suspendeu o acórdão e determinou a expedição de contramandado em favor do acusado. Ele também encaminhou os autos para o Ministério Público Superior recorrer da decisão.
Relembre o caso
Rudson Vieira Batista da Silva morreu em um hospital particular de Teresina após sofrer consecutivas paradas cardíacas. O técnico em radiologia foi atingido por um tiro dentro de uma casa de shows durante uma briga com o ex-PM no dia 1º de dezembro de 2019.
Max Kellysson foi preso em flagrante e teve a arma de fogo apreendida. No dia seguinte, ele recebeu liberdade provisória durante a audiência de custódia.