A defesa do homem acusado de enviar a uma cliente uma foto em que seu órgão genital aparece encostado em uma pizza, em Teresina, afirmou que a imagem era destinada à sua namorada. O caso ocorreu nesta semana e foi registrado na Polícia Civil. O homem é dono do estabelecimento situado na zona Sudeste da capital.
Em entrevista ao A10+, o advogado Albelar Prado explicou que o envio teria sido realizado de forma errônea. “Realmente, ele tirou uma foto, enviou, ia enviar para uma namorada e, erroneamente, enviou para ela. Mas não foi do jeito que ela relata. E aí, o ônus da prova compete a quem está alegando. Se ela está alegando que ele fez isso, que a posição era essa, ela tem que comprovar. Ela alega que a foto era de visualização única e não sei se ela conseguiu recuperar, mas se tiver conseguido recuperar, ele irá responder dentro das normas legais pelo crime praticado por ele”, afirma o advogado.
A cliente contou à TV Antena 10 que já havia feito outros pedidos no estabelecimento, mas que nunca teve qualquer tipo de contato com o homem além das solicitações de entrega. Após receber a imagem, ela procurou a delegacia e registrou um boletim de ocorrência.
O caso ganhou repercussão nas redes sociais. Segundo a defesa do dono da pizzaria denunciado, o homem teve seu nome, a empresa e o CNPJ expostos publicamente. O advogado Albelar Prado afirmou que há preocupação com o julgamento precipitado da sociedade e relembrou o caso da idosa acusada injustamente de envenenamento em Parnaíba. Para ele, o posicionamento da Justiça é essencial antes de qualquer condenação pública.
“Agora, o que a defesa sente é temor, é o julgamento da sociedade. Ele está sendo exposto, a empresa dele está sendo exposta, já botaram CNPJ, nome, tudo da empresa. O nome dele foi exposto e aí nós temos ciência do que ocorreu lá em Parnaíba no caso dos cajus envenenados com a dona Lucélia, que teve a casa destruída em virtude pela sociedade em virtude de uma exposição sem necessidade. Ela teve a casa destruída, teve a vida esmiuçada e depois foi comprovado que ela não tinha nada a ver com o suposto crime, que os cajus nem envenenados estavam através de uma perícia. Então vamos esperar o julgamento da justiça, porque sociedade não é para julgar ninguém. Tem que esperar o julgamento da justiça e a defesa está aqui para fazer todos os procedimentos para que nosso cliente seja tenha um julgamento justo”, completa.