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O advogado Sammai Cavalcante, que faz parte da defesa de Lucélia Maria da Conceição, 52 anos, que foi presa no ano passado sob suspeita de envenenar os irmãos Ulisses Gabriel da Silva, de 8 anos e João Miguel da Silva, de 7 anos na cidade de Parnaíba, litoral do Piauí, deu mais detalhes ao Balanço Geral Piauí, da TV Antena 10, sobre o processo de soltura da mulher. Segundo o advogado, Lucélia negou o crime desde o começo do processo. A defesa busca agora uma declaração de inocência e indenização.
A decisão de soltura foi proferida nesta segunda-feira (13) após a divulgação de um laudo que descartou veneno nos cajus que foram consumidos pelas crianças. “Desde o primeiro momento nós negamos a autoria. A vida em um cárcere é dolorosa. A Lucélia é uma senhora de poucos recursos financeiros, com um problema na perna e é casada com uma pessoa que é completamente cega”, disse o advogado.
Segundo Sammai Cavalcante, o objetivo agora é pedir a declaração de inocência da mulher, que ficou presa por cerca de 5 meses.
“Após a instrução do processo nós estamos em busca da declaração da inocência da senhora Lucélia numa sentença judicial absolutória em trânsito julgado. Após isso acontecer nós muito provavelmente devemos ingressar com essa ações de ressarcimento indenizatórios. O meu problema não são com as autoridades, o problema é o processo em si; prova subjetiva, deficit na investigação. O princípio da presunção de inocência não foi observado em nenhum momento”, explicou.
O advogado enfatizou que não haviam provas que culpassem Lucélia do crime conta as crianças, mas que mesmo assim a mulher foi presa preventivamente. Ele relatou ainda que ela passa por problemas psicológicos decorrentes da prisão.
“Nenhum momento existe uma prova cristalina que autorizasse a compensão da prisão preventiva da dona Lucélia e isso está se mostrando em realidade hoje, está se mostrando uma verdade. O prejuízo psicológico da Lucélia é uma coisa que vai ter que ser trabalhada. Estou indo agora para dar um apoio para ela na saída da penitenciária. Ela está tão desnorteada que está achando que quando sair da cadeia pode acontecer alguma coisa”, finalizou.
Os cajus envolvidos no caso de Ulisses, João Miguel e Lucélia passaram por mais uma perícia depois que um novo caso de envenenamento acometeu a família. Dessa vez, Francisco de Assis Pereira da Costa, companheiro da matriarca da família, foi preso suspeito de colocar veneno no arroz. Quatro pessoas morreram, entre elas, duas crianças.
O primeiro óbito foi de Manoel Leandro da Silva, de 18 anos, que morreu ainda na ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A segunda, Igno Davi da Silva, 1 ano e 8 meses. A filha de Francisca, Lauane da Silva, foi a terceira vítima que não resistiu. A quarta foi Francisca Maria da Silva, de 32 anos, cujo falecimento foi confirmado na madrugada do dia 07, no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (Heda), em Parnaíba, litoral do Piauí.
Fonte: Portal A10+