Família destruída! Morre a quarta vítima de envenenamento no litoral do Piauí - Geral
TRAGÉDIA

Família destruída! Morre a quarta vítima de envenenamento no litoral do Piauí

Francisca Maria estava internada em hospital em Parnaíba e não resistiu às complicações do quadro; ela e outras pessoas consumiram arroz envenenado


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Francisca Maria da Silva, de 32 anos, não resistiu às complicações do grave quadro de saúde e morreu na madrugada desta terça-feira (07) no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (Heda), em Parnaíba, litoral do Piauí. Ela é a quarta vítima do caso de envenenamento que destruiu toda uma família na região. Na manhã de segunda (06), a filha dela, Lauane da Silva, de 3 anos, também faleceu. A menina estava internada no Hospital de Urgência de Teresina (HUT).

O veneno, segundo laudo, estava no arroz que foi preparado por um familiar das vítimas na virada do ano. Nove pessoas foram internadas no dia 1º de janeiro, sendo que quatro morreram e quatro receberam alta. Apenas a criança de 4 anos, que é filha de Francisca Maria, segue internada em Teresina. O estado de saúde de Francisca era considerado gravíssimo. 

Família destruída! Morre a quarta vítima de envenenamento no litoral do Piauí
TV Antena 10

   

Inicialmente, suspeitava-se que os peixes doados por um casal estivessem envenenados. No entanto, o laudo pericial descartou essa hipótese, e o casal responsável pela doação não é mais tratado como suspeito pela Polícia Civil.

Na segunda, o diretor do Departamento de Polícia Científica, Antônio Nunes, concedeu entrevista ao Balanço Geral Piauí, da TV Antena 10, e comentou sobre o caso de envenenamento que deixou quatro pessoas da mesma família mortas em Parnaíba, litoral do Piauí.


“Ele é um agrotóxico para matar pragas. É usado em ambientes de agricultura ou para matar roedores. É um veneno. Frisa-se que ele é proibido no Brasil”, declarou Antônio Nunes à TV Antena 10 sobre a substância Terbufos que foi encontrada no arroz. Esse veneno, de acordo com as investigações, foi o mesmo utilizado para matar os irmãos Ulisses Gabriel e João Miguel, filhos de Francisca Maria. A suspeita do crime foi presa.

O diretor Técnico do Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA), Carlos Teixeira, emitiu nota lamentando o falecimento de Francisca.

Veja a íntegra

O Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA) lamenta profundamente o falecimento de uma paciente adulta ocorrido na terça-feira (7), em decorrência de um suposto caso de envenenamento.

A paciente estava sob os cuidados da instituição desde o dia 1º, e o óbito foi constatado por volta das 3h07. Após a confirmação do falecimento, o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para os procedimentos necessários.

Neste momento de imensa dor, expressamos nossas sinceras condolências à família da paciente e reafirmamos que a equipe multidisciplinar do HEDA trabalhou com total dedicação, seguindo todos os protocolos e medidas necessárias para garantir o melhor atendimento durante sua permanência na unidade.

O HEDA reafirma seu compromisso com a saúde e o bem-estar da população, assim como com a transparência em suas ações. Em conformidade com a legislação vigente sobre privacidade, não serão fornecidos detalhes adicionais sobre o caso.

Atenciosamente,
Dr. Carlos Teixeira
Diretor Técnico do Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA)

Arroz foi preparado por um familiar das vítimas 

Maria de Fátima, irmã de Francisca, que está internada e perdeu dois filhos por envenenamento, afirmou em entrevista à TV Antena 10 no dia 2 de janeiro que foi a responsável por preparar o arroz que foi consumido pela família, em Parnaíba, litoral do Piauí. Laudos apontaram que havia a substância Terbufos no alimento, e o fato deixou três mortos. A terceira vítima, Lauane da Silva, de 3 anos, faleceu na manhã desta segunda-feira (06), e outras seis pessoas também chegaram ser internadas com os sintomas. Apesar dessa informação, a Polícia Civil busca identificar quem colocou a substância no alimento.


No dia do ocorrido, 1º de janeiro, a mulher afirmou que o arroz havia sido preparado para o jantar da virada de ano, e todos comeram normalmente. Ela disse que contou com o auxílio da irmã, e que estavam suspeitando das manjubas recebidas pela família. Ela foi enfática ao dizer que a contaminação não seria no prato que ela havia preparado, mas, sim, no alimento doado. Ela também disse que não consumiu o arroz. 

Durante essa semana, a polícia vai ouvir mais pessoas para aprofundar as investigações e identificar a autoria do crime. "Vamos ouvir todas as pessoas que estavam dentro do imóvel no momento da preparação [ do almoço] , e esclarecer se entrou algum estranho na casa nesse período. Depois disso, vamos trabalhar em cima da autoria", destacou o delegado Abimael Silva à TV Antena 10. 

Envenenamento que destruiu toda uma família 

No total, nove pessoas da família foram afetadas pelo veneno. Ao passarem mal, as vítimas foram levadas para o Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (Heda). O caso ocorreu no dia 1º de janeiro deste ano na cidade de Parnaíba. A família é a mesma dos irmãos que, em 2024, morreram envenenados após consumires cajus.

As demais vítimas do envenenamento são: Manoel Leandro, de 18 anos, Igno Davi da Silva, de 1 ano e 8 meses e Lauane da Silva, de 3 anos
TV Antena 10

   

O primeiro óbito foi de Manoel Leandro da Silva, de 18 anos, que morreu ainda na ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A segunda, Igno Davi da Silva, 1 ano e 8 meses. A filha de Francisca, Lauane da Silva, foi a terceira vítima que não resistiu. 

Receberam alta: Francisco de Assis Pereira da Costa, 53 anos (padrasto de Manoel e Francisca); uma criança de de 11 anos (filho de Francisco de Assis); uma adolescente de 17 anos (irmã de Manoel) e Maria Jocilene da Silva, 32 anos. Apenas uma criança, de 4 anos, segue internada no HUT. Não há atualizações do quadro de saúde dela.

Fonte: Portal A10+


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