A morte de Kamilla Nascimento, cujo corpo foi encontrado na última sexta-feira (20), no bairro Nova Brasília, zona Norte de Teresina, gerou revolta em amigos e familiares. Investigações apontam Eliésio Marinho, marido da vítima, como principal suspeito, que teria assassinado a esposa com um tiro na frente da filha de 2 anos e sete meses.
Em entrevista à TV Antena 10, Lucas do Nascimento, pai da jovem de 22 anos, comentou sobre a prisão do suspeito, ocorrida na segunda-feira (23) e afirmou que não esperava tamanha crueldade do seu genro.
“Pensei que minha filha estava em boas mãos. Apesar de não ter muito contato, eu tinha ele como uma boa pessoa e não imaginava que seria capaz disso. Espero que justiça seja feita”, disse.
Quando encontraram o corpo de Kamilla, despido e próximo a uma faca, o advogado de Eliésio narrou aos policiais que a vítima teria cometido suicídio. Porém, investigações apontaram inconsistências nesta versão, especialmente porque o tiro que matou a jovem foi disparado a mais de 40 centímetros de distância.
O pai nunca acreditou que a filha teria atentado contra a própria vida. “Kamilla era uma menina jovem, bonita e não tinha qualquer motivo para fazer isso. Quando recebi o telefonema dizendo que ela estava morta, não acreditei que se tratava de um suicídio. Estou aguardando mais resultados da perícia, mas sei que foi ele", pontuou.
Lucas também relata o sofrimento enfrentado por toda a família após o crime. O maior desafio será cuidar da filha da empresária, que sente diariamente a ausência da mãe.
“Minha neta sempre pergunta pela mãe dela e eu tento não falar sobre o assunto. Uma vez a menina perguntou se a mamãe estava dodói e tive de falar que ela estava no céu", lamentou.
Prisão
Eliésio Marinho foi preso pela Polícia Civil do Piauí na segunda-feira (23), suspeito de ter assassinado sua companheira de 22 anos, a jovem Kamila Carvalho do Nascimento. A vítima foi encontrada morta, ao lado de sua cama, na madrugada da sexta-feira (20), no bairro Nova Brasília, zona Norte de Teresina.
Kamila apresentava um disparo de arma de fogo do lado direito da cabeça. Uma faca foi encontrada em sua mão esquerda. Eliésio foi preso preventivamente pelo Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) para que a investigação possa prosseguir. A delegada Nathália Figueiredo revelou à TV Antena 10 que um laudo apontou que o disparo foi dado à longa distância, descaracterizando um possível suicídio.