A mãe da pequena Ana Karoline Gomes Nunes, de 3 anos, se apresentou à polícia nesta quinta-feira (04), após a polícia concluir o inquérito da morte da menina. Ana Karoline morreu após dias internada no Hospital de Urgência de Teresina (HUT), onde chegou com sinais de maus-tratos como quadro convulsivo, manchas escuras pelo corpo e clavícula fraturada.
A morte encefálica da criança foi confirmada no dia 22 de abril. A mãe e o padrasto dela foram presos no mesmo dia, momentos antes da confirmação do hospital. M.K.N.de O. e E F.S.R. foram presos em Esperantina, onde o crime ocorreu.
À TV Antena 10, o delegado Célio Benício conta que a mãe da criança tentou, durante depoimento, esconder a existência do padrasto da menor. Os dois foram presos temporariamente, mas depois a mãe foi posta em liberdade. Agora, nesta quinta-feira (04), se apresentou à polícia voluntariamente.
“Esta acusada de ter participado na morte da sua própria filha em companhia do padrasto da menina nos foi apresentada de forma espontânea através do seu defensor. Ela, num diálogo informal, nos relatou que não teve participação. No mês de abril ela foi presa, mas colocada pra responder o processo em liberdade. Ela vai seguir para a audiência de custódia e posteriormente para a comarca de Esperantina”, explicou o delegado Emir Maia.
O Dr. Brandão, advogado da mãe da menina, falou que a mãe da menina não teve nenhum tipo de participação no crime e que no dia e horário que o caso aconteceu ela estava trabalhando.
“A mãe alega que não teve nenhum tipo de participação no ocorrido. No dia do fato ela estava trabalhando e só quem estava na casa com as crianças era o padrasto. Pelo o que a defesa vem aqui alegar é que o crime teve participação só do padrasto”, disse à TV Antena 10.
Segundo o delegado Emir Maia, o ato de se apresentar voluntariamente deve pesar para que a mãe responsa o processo em liberdade novamente. Ela ainda deve passar por audiência de custódia onde isso será decidido por um juiz.
A criança deu entrada no Hospital Estadual Dr. Júlio Hartman, em Esperantina, no dia 15 de abril; sua morte foi confirmada no dia 22 de abril. O casal pode responder pelo crime de homicídio qualificado pela tortura e em contexto de violência doméstica e familiar contra menor e feminicídio.
De acordo com a delegada Polyana Oliveira, titular da DEAMGV-Esperantina, a criança, desde quando foi morar na cidade de Esperantina, no início do ano de 2024, foi submetida a constantes episódios de tortura.
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