A Câmara Municipal de Teresina criou a comissão para apurar as denúncias feitas pelo vice-prefeito Robert Rios, contra a Fundação Municipal de Saúde (FMS). A comissão tem o prazo de 30 dias para dar uma resolutiva sobre o caso. A comissão especial da saúde foi aprovada por 23 dos 29 vereadores da casa.
Após a votação, a comissão especial da saúde vai ser comandada pelo presidente Deolindo Moura (PT); Leonardo Eulálio (PL); Ismael Silva (PSD); Luiz Lobão (MDB) e o Roberval Queiroz (União Brasil). Bruno Vilarinho (PTB) e Gustavo de Carvalho (PSDB) serão suplentes.
O vereador Leonardo Eulálio, membro da comissão, afirma que agora o objetivo é a apurar as denúncias além de descobrir o valor exato devido pela FMS aos prestadores de serviço.
"Nós recebemos aqui denúncias pontuais graves elencadas pelo vice-prefeito. Então diante de tudo isso, essa casa não pode se furtar da realidade que a gente passa. Essa comissão ela busca também ajudar a administração, toda comissão, quando a gente investiga, ela busca dar soluções para esse caos que vive a saúde publica. Queremos sempre contribuir. Agora naturalmente se houve a versação de dinheiro público o Ministério Público já está apurando. A Fundação Municipal de Saúde hoje infelizmente tem uma rumaria de credores que buscam ser ressarcidos por prestação de serviços que foram entregues e não foram pagos", afirma Leonardo Eulálio.
No dia 26 de janeiro, Robert Rios entregou na Câmara Municipal um relatório com irregularidades constatadas na FMS. Rio não divulgou o relatório, mas pontuou que não foram feitos empenhos, registro feito no momento da contratação do serviço, aquisição do material ou bem, obra e amortização da dívida, dentro da Fundação Municipal de Saúde (FMS).
"O que aconteceu na Fundação Municipal de Saúde é muito mais grave do que vocês estão imaginando. Os hospitais de Teresina, postos de saúde, completamente desabastecidos, dezenas e dezenas de reuniões lá, não tinha medicamento, não tinha remédio. No HUT faltava gaze, faltava soro, tinha problema com oxigênio. Então os problemas gravíssimos da FMS. Era muito dinheiro gasto e não tinha remédio no sistema", relata Robert Rios.