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A investigação da Polícia Civil do Piauí sobre o assassinato do traficante Jad Rubens ganhou novos elementos. As equipes policiais identificaram mais uma suspeita de envolvimento no caso, conhecida apenas como Mayara, suspeita de integrar a facção Comando Vermelho. Atualmente, ela estaria morando no Rio de Janeiro.
Divulgação/PC
As informações são do delegado Danúbio Dias em entrevista à TV Antena 10, na manhã desta quinta-feira (25). Ele explicou que Mayara, natural de Manaus, é suspeita de convencer a facção a decretar a morte da vítima e divulgar fotos. Jad Rubens seria integrante da facção "Família do Norte", em Manaus, e gerenciava a venda de entorpecentes para traficantes no Piauí, Ceará e Paraíba. Ele teria sido morto por causa de uma dívida com a facção.
"Eu confirmei a participação de uma outra mulher no crime, a Mayara. Obtivemos confirmação através da inteligência do departamento, que, atualmente, ela se encontra no Rio de Janeiro. Essa Mayara ela fazia parceria com a vítima para o fornecimento de drogas nos estados do Piauí, Ceará e Paraíba. Ela é membro do Comando Vermelho, e a nossa inteligência confirmou a qualificação, a identificação e a atual localização dela", explicou o delegado.
Reprodução
Compartilhamento de informações com o Gaeco
Todos os envolvidos teriam ligação com a facção criminosa "Família do Norte", oriunda do estado do Amazonas. Em agosto do ano passado, o Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrou a operação “Fragmentado”.
Essa operação investiga o envio de entorpecentes de Manaus para Teresina através de barco e ônibus e que, já em solo piauiense, a droga era distribuída para outros traficantes, principalmente na capital. Diante dessas ações, o delegado Danúbio Dias solicitou o compartilhamento de informações que devem subsidiar as apurações sobre a morte de Jad.
Divulgação/ MPPI
"Esses indivíduos foram investigados pelo GAECO e ontem eu recebi autorização judicial para que as provas produzidas nessa investigação Fragmentado, fossem compartilhadas com o departamento de homicídio. Isso vai nos permitir avançar no sentido de confirmar, de comprovar de forma documental a liderança que esses indivíduos exercem, não só na facção Bonde dos 40, quanto na facção Família do Norte, a FDN. Ou seja, agora podemos, de forma documental, registrar essa informação e confirmarmos a posição de liderança deles, ou seja, que eles tinham o poder de decidir, infelizmente, sobre a vida da vítima, de executar ou não", explicou o delegado.
Nessa operação, foi dado cumprimento a mandados de busca e apreensão e de prisão nos estados do Piauí, Maranhão e Amazonas, com o objetivo de desarticular um grupo de indivíduos investigados pela prática dos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas, lavagem de capitais e comércio ilegal de armas de fogo.
Após a prisão de um investigado durante uma blitz em Teresina, por porte ilegal de arma de fogo, em março de 2024, foi descoberto um grupo de indivíduos que estavam associados na compra e venda de entorpecentes e armas de fogo, sendo constatado que o entorpecente era enviado de Manaus para Teresina através de barco e ônibus e que, já em solo piauiense, a droga era distribuída para outros traficantes, principalmente na cidade.
"Esses indivíduos integram a organização criminosa. Essas informações já estão à disposição do DENARC e do DRACO e já há investigação em andamento nessas duas unidades especializadas para que se comprove e se a investigação se expanda para identificar, como eu disse, o tráfico de drogas e a organização criminosa. Então, ou seja, a investigação vai se ampliar para essas duas ramificações", afirmou o delegado.
Com a verificação da suposta participação de Mayara, sobe para sete o número de envolvidos no caso
A dívida de R$ 30 mil apontada pela polícia seria com quem teria atirado contra Jad, um homem identificado como Raifran Machado de Araújo, vulgo Filinho, que foi preso na manhã de ontem. Outro envolvido já se encontra detido no sistema penitenciário por outros crimes.
As equipes apontam ainda outro suspeito de participação, que seria Jorge Luís de Sousa da Silva. Ele está foragido e há uma tratativa para que se entregue às autoridades em breve.
Divulgação
Ontem, as equipes policiais obtiveram informações sobre Jorginho, mas ele conseguiu escapar da abordagem. "Ele conseguiu fugir ao cerco e até esse momento ele se encontra foragido. Estou em contato com a defesa dele a fim de negociar a apresentação dele. Mas, apesar de haver essa negociação com a defesa, os investigadores estão na rua checando informações sobre o paradeiro dele", detalhou Danúbio.
No dia do crime, os executores percorreram com o corpo da vítima em um veículo até o viaduto da Vila Dagmar Mazza e seguiram em direção ao rodoanel. No local, estava Jorginho, que depois da desova do cadáver, retornou para o baile de reggae, onde a namorada da vítima estava sendo coagida.
"Ele participou do crime no sentido de pegar a namorada da vítima, e de conversar com os executores que estavam com o cadáver da vítima dentro do carro. Ele é um indivíduo que participou, ativamente, ele ficou em contato com os executores que estavam lá na quadra enquanto a vítima era interrogada e ele foi o responsável por trazer a namorada da vítima para a zona sul, também ficou o responsável por vigiá-la a fim de que ela não prestasse depoimento à polícia sobre o que ela testemunhou naquela madrugada", afirmou.
Fonte: Portal A10+