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O advogado Sammai Cavalcante, que representa a defesa do jovem João Henrique, agredido por policiais militares durante uma abordagem em Parnaíba, no litoral do Piauí, concedeu entrevista à TV Antena 10 e comentou detalhes do caso que repercutiu nas redes sociais e em todo o Piauí.
O episódio aconteceu no último sábado (12). Conforme apurado pelo A10+, os policiais questionaram João Henrique sobre o motivo de estar usando um capacete. O jovem respondeu que era para se proteger do sol. Após a resposta, um dos policiais se aproximou e o agrediu com um soco no rosto. As agressões continuaram até a chegada de outros agentes, que imobilizaram a vítima.
Em vídeo, obtido pelo A10+, é possível ver o momento exato em que a abordagem acontece e, logo em seguida, a agressão. João Henrique trabalha como borracheiro.
O advogado Sammai Cavalcante classificou a ação como despreparada. “Isso demonstra um despreparo grotesco. Obviamente que é um fato isolado, que o poder de polícia garantido para essa corporação deve ser exercido para a proteção da população, mas a crítica que eu faço é sobre o momento da abordagem”, disse.
Ainda segundo o advogado, a forma como os policiais conduziram a situação está em desacordo com o treinamento recebido pela corporação.
“Todos esses policiais passam por um treinamento, o treinamento não é com esse tipo de abordagem. A polícia, mesmo abordando como suspeito, poderia ter apontado arma, dito para encostar na parede, ter visto documentos, feito revista pessoal e aí tomar um posicionamento; e não conforme aconteceu no vídeo. O problema foi com essa abordagem, fugiu do treinamento”, completou.
A defesa informou que João Henrique passou por exame de corpo de delito e registrou uma queixa-crime contra os agentes envolvidos.
PM afasta policiais
Em nota, a Polícia Militar do Piauí informou que tomou conhecimento do caso e identificou os policiais envolvidos em uma abordagem registrada em vídeo e amplamente divulgado nas redes sociais. Segundo vizinhos, o rapaz que foi agredido é um trabalhador.
"Os militares foram afastados do serviço externo até a conclusão dos procedimentos administrativos. Foi instaurado procedimento pela Polícia Militar para apurar os fatos, ouvir os envolvidos e reunir provas. Todas as providências legais estão sendo adotadas. Reforçamos que a PMPI não compactua com desvios de conduta e atua com rigor na apuração de qualquer irregularidade", destacou a corporação.
O caso segue sob investigação.
Fonte: Portal A10+