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(Atualizada às 14h55)
O prefeito de Teresina, Sílvio Mendes, comentou nesta segunda-feira (12) a crise no sistema de transporte coletivo da capital, que enfrenta mais uma paralisação dos trabalhadores. Para o gestor, o modelo atual perdeu a confiança da população, que opta por alternativas como carros particulares, motocicletas e aplicativos de transporte.
“É um problema de todos nós, da população que usa e cada vez usa menos porque o sistema é ruim. Então quem pode comprar um carro, uma moto, ir de Uber, vai... deixa de usar. Diminuiu muito a utilização do transporte coletivo, ele precisa primeiro melhorar para voltar a ser acreditado", disse à TV Antena 10.
O prefeito afirmou ainda que o volume de recursos investido atualmente pela Prefeitura no sistema não deve ser ampliado antes de uma reestruturação.
"O dinheiro que a Prefeitura bota nas empresas não vai aumentar, ele precisa melhorar primeiro, é preciso que a Prefeitura tenha dinheiro e naturalmente melhorar o transporte das pessoas que usam ainda o transporte coletivo”, completou.
As declarações acontecem em meio a uma nova greve dos trabalhadores do setor, que paralisou completamente a circulação dos ônibus em Teresina.
Greve continua em Teresina
Na manhã desta segunda-feira (12), motoristas e cobradores voltaram a deflagrar uma greve e anunciaram que nenhum ônibus sairia das garagens até que um acordo fosse firmado com o sindicato patronal. A paralisação foi confirmada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários no Estado do Piauí (SINTETRO).
A categoria reivindica reajuste salarial linear de 15%, ticket-alimentação de R$ 900 e auxílio-saúde de R$ 150. O sindicato afirma que, durante a pandemia, os trabalhadores perderam benefícios como plano de saúde e ticket, e ficaram sem reajuste nos anos de 2019, 2020 e 2021.
Eles também criticam o risco de um dissídio coletivo, alegando que ele poderia manter o valor atual do subsídio municipal (R$ 1,25 milhão) sem garantir melhoria para os trabalhadores. Até o momento, não houve avanço nas negociações, e a greve segue sem previsão de término.
Fonte: Portal A10+