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O prefeito de Teresina, Silvio Mendes, revelou nesta quarta-feira (07) que a dívida da Prefeitura da capital ultrapassa os R$ 3 bilhões. A declaração foi feita um dia após o gestor anunciar um rombo de R$ 1 bilhão nas contas públicas. O valor atualizado, segundo o próprio prefeito, inclui débitos com fornecedores, empréstimos bancários e encargos atrasados na gestão Dr. Pessoa.
Diante da gravidade da situação fiscal do município, Silvio Mendes assinou e publicou um decreto que institui uma Comissão Especial para analisar e propor medidas voltadas ao equilíbrio fiscal e financeiro da Administração Direta e Indireta da capital.
"Foi dito poucos dias atrás a criação de um grupo para orientar e sugerir medidas para que a gente possa equilibrar o orçamento porque as medidas que foram tomadas nos 4 primeiros meses não foram suficientes. Quando eu disse que existia um passivo de 1 bilhão de reais, é muito pior. São 3 bilhões que a Prefeitura está devendo a fornecedores e empréstimos bancários", afirmou o prefeito.
Entre os principais débitos detalhados pelo gestor estão:
- R$ 480 milhões em restos a pagar do ano passado;
- R$ 280 milhões em depósitos e consignações;
- R$ 100 milhões em despesas de exercícios anteriores;
- R$ 212 milhões com terceirizados;
- R$ 110 milhões em dívidas da Fundação Municipal de Saúde (FMS);
- R$ 620 milhões em empréstimos com o Banco do Brasil;
- R$ 100 milhões com o Banco de Brasília;
- R$ 100 milhões com a Caixa Econômica Federal;
- R$ 502 milhões em débitos com o Instituto de Previdência dos Servidores do Município de Teresina (IPMT);
- Pouco mais de R$ 10 milhões com FGTS e INSS.
“Somando essas dívidas, você chega a um pouco mais de 3 bilhões”, destacou.
Silvio Mendes também ressaltou o impacto desse cenário nas finanças públicas: “R$ 3 bilhões é a metade de todo o dinheiro que a Prefeitura precisa durante todo o ano. Jamais pensei viver isso, mas a gente vai enfrentar. Sei que as cobranças na limpeza, educação e saúde vão continuar, mas eu peço compreensão das limitações financeiras. O que será autorizado aqui será pago”, finalizou.
A Comissão Especial, instituída por decreto, deve apresentar diagnósticos e propor alternativas para mitigar o déficit financeiro e garantir a continuidade dos serviços públicos essenciais.
Fonte: Portal A10+