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Somente este ano a Petrobras já teve três Presidentes demitidos ou convidados a pedir para sair pelo Presidente Jair Bolsonaro (PL). Nesta terça-feira (24) José Mauro Coelho foi a bola da vez. Não esquentou a cadeira por 40 dias. Estes são os principais alvos do Governo, mas a mira está errada e por isso pouco adiantará esse troca-troca no comando da estatal.
Todos os ex-Presidentes deixaram claro que a Petrobras não pode baixar o preço dos combustíveis porque há uma política de preços desde 2016, do Governo Michel Temmer (MDB), que dolariza o petróleo brasileiro. Com baixa capacidade das refinarias nacionais, nosso produto sai daqui e volta com custo sujeito à volatilidade da moeda americana. Agora, um componente a mais, a guerra da Rússia contra a Ucrânia.
Assim, Jair Bolsonaro tenta evitar que a alta dos combustíveis se espalhe por sua tentativa de reeleição. Sem derrubar a política de preços da Petrobras a solução não virá com a troca de comando e nem de diretores do Conselho Administrativo da estatal, que agora passaram também a ficar na mira do Presidente.
