Mãe nega que filho de 5 meses foi agredido, explica hematomas e diz que familiar estaria usando imagem da criança para pedir doações em Teresina - Cidade Alerta Piauí
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MAUS-TRATOS

Mãe nega que filho de 5 meses foi agredido, explica hematomas e diz que familiar estaria usando imagem da criança para pedir doações em Teresina

Larissa Silva negou todas as acusações e relata que a denúncia foi feita pela suposta avó paterna do bebê; entenda o caso


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O Conselho Tutelar abriu investigação após receber uma denúncia de que um bebê de aproximadamente cinco meses teria sido vítima de agressões no bairro Vila Operária, zona Norte de Teresina. Imagens feitas por moradores mostram hematomas visíveis pelo corpo da criança. A mãe, em entrevista à TV Antena 10, nesta segunda-feira (01), negou as agressões. 

Larissa Silva Barros, de 22 anos, mãe do bebê, negou todas as acusações e disse que a denúncia foi feita pela suposta avó paterna do bebê. Ela afirmou que as marcas no corpo da criança teriam sido causadas pelos irmãos mais velhos, gêmeos de 2 anos, enquanto ela realizava tarefas domésticas.

 

Após denúncia de maus-tratos contra bebê de quase 5 meses, mãe nega agressões
TV Antena 10

 

“Foi a suposta avó paterna dele. Porque ele tava mordido, porque eu tenho um filho gêmeo de 2 anos, vão fazer 3 anos agora. Aí enquanto eu limpo a casa, vocês sabem que criança não pode piscar o olho, que eles vão lá e fazem acontecer as coisas. Enquanto eu tava lá no quintal, apanhando o lixo, varrendo, foi no momento que eles pegaram e entraram dentro do quarto, quando eu entrei, eles já estavam em cima da cama com a criança e cada um mordeu ele. E aí, depois dessas mordidas, eu conversei com a minha mãe, pedi pra minha mãe levar, pra ela criar, porque eu tentei. Tentei demais mesmo. Tentei criar os três juntos, só eu”, disse.

Ela também relatou que dias antes o filho havia caído da cama e machucado o rosto: “Só que antes de eu conversar com a mãe, antes de acontecer tudo, ele tinha caído da cama… Eu escutei só o choro dele, já estava de rosto no chão. Só que o nariz dele já estava machucado, aí acabou sangrando mais ainda e machucando. Eu fui, limpei, botei ele no berço de volta, que eu fiquei com medo de botar ele de volta na cama e dormi. No outro dia, quando eu acordei, o rosto dele já estava roxo”, continuou.

Larissa admitiu ser usuária de drogas, mas declarou que não estava sob efeito de substâncias no dia das gravações. Disse ainda que, quando sai para beber ou usar drogas, deixa os filhos com familiares. “Aconteceu isso na sexta-feira, que foi o ocorrido desse vídeo, que esse amigo meu, que se diz ser meu amigo, pegou esse vídeo. Eu acho que não foi com má intenção não. Ele chegou lá em casa, viu a situação da criança. Aí ele pegou o vídeo, gravou e mandou para a avó paterna”, detalhou. 

A mãe contou que, após o vídeo circular, deixou a casa com medo de ser presa injustamente. Ela afirmou que buscou abrigo em um estabelecimento para evitar perder a guarda do bebê.

“Quando eu cheguei em casa, já estava rolando esse vídeo, eu fiquei com medo da polícia, porque se eu fosse presa por uma coisa que eu não fiz, meu filho ia para o orfanato… eu peguei ele no colo e fui caminhando lá para a casa do meu primo […] Eu fui ficar lá, porque eu fiquei com medo da polícia me pegar e me prender e levar meu filho. E a hora dessa eu não estaria com ele se eu não tivesse feito isso”, destacou.

A mãe acusa ainda a suposta avó paterna de compartilhar vídeos do bebê machucado para pedir doações via PIX em nome da criança. Ela afirma que o bebê não estaria passando necessidades básicas.

“Ela tá utilizando a imagem do meu filho, pedindo leite, fralda e dinheiro nesse PIX, que é da avó dele. Tá pedindo fralda, leite, sendo que ele não precisa disso. Ele não precisa de fralda, não precisa de leite, não precisa de nada, porque não falta nada pra ele”, destacou.

Conselho detalha ações

A conselheira Daniele Fernandes informou à TV Antena 10 que a primeira denúncia chegou de forma anônima ainda na madrugada de sexta-feira (28). A equipe se deslocou até o endereço, mas a mãe não estava com o bebê, e a tia negou as suspeitas naquele momento. Uma notificação foi deixada para comparecimento à sede do órgão na segunda-feira (1º).

Na audiência, com presença da mãe e da suposta avó paterna, foi constatado que a criança estava com diversos hematomas. Diante disso, o Conselho decidiu pela transferência imediata da guarda provisória para a avó materna, a única reconhecida oficialmente.

“Estamos colocando a criança em segurança na família extensa, que é a avó materna, que está na certidão de nascimento. Estamos tomando todas as providências cabíveis, estamos encaminhando para a rede de proteção ao CREAS, também já fizemos encaminhamento hoje. A mãe vai responder também, que a gente aplicou uma advertência na mãe, a suposta família paterna, já fez também um BO, para estar tomando as providências cabíveis no caso dos maus-tratos, supostos maus-tratos”, detalhou.

A mãe recebeu advertência e toda a família foi encaminhada para acompanhamento da rede de proteção, incluindo o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS).  O conselheiro Marcos Vinícius reforçou que não apenas o bebê, mas também os outros dois filhos da mãe estão sob acompanhamento e permanecem em segurança com a avó.

“Os encaminhamentos estão sendo feitos. Então, o mais importante é que não só apenas essa criança, esse bebê, mas os outros dois filhos da genitora também estão sendo acompanhados pelo 1º Conselho Tutelar de Teresina. E estão em segurança com a avó materna”, finalizou. 

O caso está sendo acompanhado pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).

Fonte: Portal A10+


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