Mototaxista alega que foi preso injustamente em operação que resgatou vítima de tortura em Teresina: "não faço parte de facção" - Cidade Alerta Piauí
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RETRATAÇÃO

Mototaxista alega que foi preso injustamente em operação que resgatou vítima de tortura em Teresina: "não faço parte de facção"

José Wilker teve sua imagem divulgada pela polícia como membro da organização após ser detido no local em que um homem era torturado


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(Atualizada às 19h01) 

Na última quarta-feira (05), policiais do Rone realizaram uma operação no bairro Matinha, na zona Norte de Teresina, para resgatar um homem que estava sendo torturado por integrantes do chamado ‘Tribunal do Crime’. Durante a ação, quatro pessoas foram detidas e encaminhadas à delegacia, sendo identificadas pelos agentes como membros da organização criminosa. Entre os detidos estava José Wilker, cuja imagem foi divulgada pela Polícia como parte do grupo. No entanto, após ser liberado, ele procurou a TV Antena 10 para esclarecer que estava no local apenas para receber o pagamento por uma corrida. As prisões ocorreram dentro de um condomínio de kitnets.

  

José Wilker teve sua imagem divulgada pela polícia como membro da organização após ser detido no local em que um homem era torturado
TV Antena 10

   

“Eu fui deixar uma pessoa lá, que é meu conhecido, após chegar eu entrei para receber o pagamento e também para tomar um copo d’água, quando eu ia saindo a polícia entrou, mandou eu escorar na parede, inclusive entrou na casa do pessoal que não tinha nada a ver com a situação e foi em direção ao final onde tinham as pessoas. Porém já foi puxando, revistando, interrogando as pessoas, tudo direitinho”, disse.

José Wilker da Silva Ribeiro trabalha como mototaxista e contou que, na abordagem, foi agredido verbalmente por um policial no momento em que tentava explicar que não estava envolvido no ato criminoso que acontecia no local.


“Pegaram meu celular para saber se era roubado. Expliquei a situação e o policial todo ignorante já foi mandando eu baixar a cabeça, me xingando, agredindo verbalmente. No final da operação encaminhou eu e mais três para a Central de Flagrantes. Lá foi feito todo o procedimento e comprovaram que eu não tinha nada a ver”, relatou. 


Em seu relato, o mototaxista explicou como a associação de sua foto [veja abaixo] ao grupo impactou sua vida. Além do medo de sair às ruas, por represálias da sociedade, ele também corre o risco de perder o veículo que usa para trabalhar, pois teve que ficar dentro de casa - o que impediu que ele ganhasse dinheiro para pagar os débitos da motocicleta. 

“Eu não faço parte de nenhum tipo de organização criminosa. Foi apontado que eu fazia parte desse Tribunal do Crime. Porém, eu não faço parte, não sou fichado em nenhuma facção. Isso complicou demais a minha vida, ficou complicado para poder sair. A minha moto não consegui sair com ela esses três dias, pois está bloqueada. Possivelmente vai ser recolhida amanhã pela Motu (empresa que aluga motocicletas) porque eu não tenho dinheiro para efetuar o pagamento”, ressaltou. 

  

José Wilker alega que foi preso injustamente. Ele e outros três foram levados à delegacia
Reprodução

   

Ele ainda contou que vai tomar as medidas para retirar as imagens que o associam ao grupo. José Wilker segue com medo de sair casa, principalmente, por temer que a facção rival do grupo faça algo contra ele. 

“Estou pensando em entrar na justiça para retirar as imagens que foram postadas na internet, mas, sinceramente, eu não sei o que fazer. Eu tenho medo é da facção rival, a qual eu fui apontado como membro, possa fazer algo achando que eu faço parte”, finalizou.

Fonte: Portal A10+


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