📲 Siga o A10+ no Instagram, Facebook e Twitter.
Eu comecei minha ‘carreira’ de cinéfila assistindo filmes na TV, a maioria à noite, com o volume bem baixo, escondida da minha mãe, porque criança não podia ficar acordada até tarde. Isso praticamente me obrigava a dar atenção a todos os detalhes do filme, e aumentou a curiosidade sobre cinema. E o primeiro filme que indico, 1917, é exatamente para quem ainda não repara em detalhes – aqui a técnica, apesar de não ser mais importante que a história, salta tanto aos olhos, que é impossível não se encantar (e começar a observar todos os detalhes).
A história é bem simples. Em 1917, dois cabos do exército britânico são encarregados de atravessar o território inimigo para entregar uma mensagem que pode salvar cerca de 1600 colegas de batalhão, de uma emboscada alemã.
Seguindo o oposto de diversos tramas sobre guerra, assim como o protagonista, o filme está sempre fugindo da batalha, é uma jornada!
Aí que entra a técnica. O famoso plano sequência, filmados em 8 minutos e editadas milimetricamente. Mas o que impressiona é a fotografia. É ela que conecta toda a história, especialmente as imagens noturnas nas ruínas de uma cidade francesa, iluminada pelo fogo e por sinalizadores, uma das imagens mais lindas já vistas no cinema!
Daqueles filmes que você não precisa nem ouvir, basta ver, de preferência em tela grande!
A fotografia é de Roger Deakins, e foi premiada com o Oscar 2020. Deakins já teve 15 indicações no currículo, e esse foi o segundo Oscar de sua carreira - ele foi premiado na mesma categoria por Blade Runner 2049.