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O teresinense vai finalizar a semana com um reajuste inesperado, a alta dos combustíveis que em alguns postos chegam a R$ 7,30. O aumento pegou todos de surpresa, mas ao contrário do que se imagina, no Piauí, não há ainda relação com o conflito internacional entre Rússia e Ucrânia.
“O mercado de setor de varejo de combustíveis não aguentou mais manter os preços que estavam antes, e consequentemente tivemos que aumentar para manter o equilíbrio comercial dos postos, muitas vezes vocês tem como base o aumento da refinaria, mas esquece que entre a refinaria e o bolso do revendedor tem a figura da distribuidora, e a distribuidora que faz o preço”, revelou Anorcil Andrade, Coordenador Executivo do Sindicato dos Postos Revendedores do Piauí (Sindipostos), ao A10+.
De acordo com Anorcil, todos os dias há um aumento que não é repassado ao consumidor, e que vai reduzindo a margem de mercado, que para a ANP deve ser mantida de 10% a 12%, mas segundo o Sindipostos, já estava em 7%.
“Cada um tem seu custo, e eu não sei qual é de cada posto, sei que esse aumento foi para corrigir uma margem que já estava defasada em 7% bruta, esse equilíbrio comercial de acordo com a ANP deve ser de 10% a 12% para que se tenha condição de manter o negocio aberto. Isso sem tirar custos com pessoal, energia elétrica, estrutura, equipamento, manutenção. A Petrobrás mexe com o preço para a distribuidora não para o revendedor, mas todos os dias temos aumento de centavos e ao logo do tempo, como ganhamos em centavos, essa margem vai sendo dilacerada. Então esse foi o momento que tivemos que mexer”, diz Anorcil.
O Sindipotos não tem previsão de que aumente mais o combustível, devido ao mercado internacional.
“Nós somos o elo final que começa na extração, passa pela refinaria, distribuidora até o revendedor, então não sei precisar quando a crise no leste europeu vai refletir aqui”, e completa. “Nós temos uma carga tributaria muito pesada, que também esquecem de noticiar, ou seja, tudo isso ao logo do tempo vai diminuindo a margem comercial, e para que a gente tenha que ter esse equilíbrio comercial temos que mexer no preço, mesmo que a Petrobras e a refinaria, não anuncie nenhum tipo de aumento”, diz.
Fiscalização
Apesar da justificativa da categoria, o Procon amanheceu fiscalizando os postos de combustíveis, para conferir se o aumento está abusivo. Ao final do dia o órgão irá dar um posicionamento sobre o resultado da vistoria.