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Teresina se junta as capitais do país que vivem nesta segunda-feira (15) uma paralisação dos motoristas de aplicativo. A categoria faz um apelo ao Governo do Estado e a Prefeitura de Teresina para que disponibilizem flexibilizações e apoio durante o trabalho. Por não ser regulamentada, profissionais afirmam passar por situações precárias de trabalho.
À TV Antena 10, o presidente de Cooperativa de Transportes por Aplicativo, Érico Luiz, afirma que a categoria precisa de um reajuste no valor pago delas empresas, além de isenção do IPVA e pontos de embarque e desembarque na capital.
"A principal reivindicação é que sejam atualizados os valores que os motoristas por aplicativo estão recebendo. No começo da atividade chegava a ganhar R$ 3,50 pelo KM rodado, hoje as operadoras só querem oferecer R$ 1 pelo km rodado, na contramão de todos os insumos que ficaram mais caros, como gasolina, manutenção de carro, além da taxa de desconto que foi aumentado, no início de 20% agora de 50%, ou seja, as operadoras estão trabalhando mesmo em terra sem lei, pela exploração desleal do trabalho e o poder público precisa interferir nisso", afirma.
O representante dos trabalhadores conta que a categoria já buscou apoio no Ministério Público do Trabalho que se comprometeu em denunciar as operadoras. Além disso, durante a paralisação, os motoristas pedem apoio do Governo do Piauí para que ofereça a isenção do IPVA aos motoristas que aderirem ao microempreendedor individual (MEI).
"Se a gente consome muita gasolina e compra muita peça, a gente deixa muito imposto, a gente serve a população. O governo de Alagoas, por exemplo, deu IPVA zerado para o motorista de aplicativo enquanto ele faz o empreendedor individual. Então a gente faz essa mesma reivindicação ao governador Rafael Fonteles, que possa dar esse incentivo a classe dos trabalhadores de aplicativo entregando IPVA zero ao motorista e os motoristas se comprometendo ao microempreendedor individual", relata.
A categoria também relata que o número de multas aplicadas durante o embarque e desembarque tem prejudicado a prática do serviço. Érico Luiz afirma que o problema pode ser solucionado com a criação de pontos de embarque e desembarque, a exemplo do que já acontece em algumas capitais do Brasil.
"Ao Dr. Pessoa a gente pede pelo amor de Deus, estamos sendo atacados com multas por não ter local para embarcar e desembarcar passageiro. Você chega em Recife, chega em Brasília, em outras cidades do país, tem uma plaquinha dizendo embarque e desembarque para transporte por aplicativo. Aqui como não tem lugar, onde você para você é multado. Precisamos também prezar pela nossa segurança. A prefeitura precisa construir pontos de apoio para ficar esperando outra corrida. Então algumas capitais já possuem local para dar segurança ao motorista", explica.
A segurança também é um ponto que vem sendo reivindicado pela categoria, que afirmou ter se reunido com a Secretaria de Segurança Pública do Piauí há cerca de quatro meses. De acordo com Érico Luiz, a categoria espera a determinação do grupo de trabalho para desenvolver mecanismo, juntamente com as operadoras, para segurança dos motoristas.
"Esse plano de segurança ia nos oferecer um botão de pânico, em link com a Secretaria de Segurança com a Uber e 99 e também colocaria a disposição do motorista um canal direto com os órgãos de segurança pública. Nós estamos aguardando esses benefícios virem. Que a SSP responda a esse compromisso no qual eles se colocaram a disposição da classe", finaliza.
A expectativa é que até o meio dia desta segunda-feira (15) os motoristas façam ponto de bloqueio na capital. Caso as reivindicações não sejam ouvidas pelo poder público, a categoria planeja seguir com as manifestações.
Fonte: Portal A10+