Piauí apresenta crescimento da pobreza em 2021, aponta IBGE - Cidades
LEVANTAMENTO

Piauí apresenta crescimento da pobreza em 2021, aponta IBGE

Estado também apresentou menor rendimento médio do trabalho no país


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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o levantamento que mostra crescimento da condição de pobreza no Piauí. Os dados mostram que 44,7% da população, aproximadamente 1,4 milhões estavam em condição de pobreza. Esse número é maior do que 2020, quando foram registradas 1,2 milhão de pessoas nessa condição. 

  

Piauí apresenta crescimento da pobreza em 2021
arquivo / Agência Brasil

   

Para o IBGE, pessoas em condição de pobreza eram aquelas que viviam, em 2021, com um rendimento domiciliar per capita de menos de R$ 486,00 mensais no Piauí, ou US$ 5,5 por dia, conforme os parâmetros do Banco Mundial para definir a condição de pobreza. Os valores referentes à linha de pobreza não podem ser convertidos usando a taxa de câmbio do mercado, mas referem-se ao fator de Paridade do Poder de Compra (PPC).

Em 2020, o Piauí detinha o décimo maior indicador de pobreza no país, passando para a 13 posição, em 2021. Nesse último ano, o índice de pobreza do país atingiu 29,4% e o estado do Piauí superou aquele indicador em 15,3 pontos percentuais. A unidade da federação com o maior indicador de pobreza no país, em 2021, foi o Maranhão, com 57,5%, seguido de Alagoas, com 51,7%. Por sua vez, os estados com menores indicadores foram o Rio Grande do Sul, com 13,5%, e Santa Catarina, com 10,5%.

“A redução dos valores e abrangência, bem como o aumento dos critérios para concessão do Auxílio Emergencial, em 2021, provavelmente tiveram impactos sobre o aumento da extrema pobreza e da pobreza neste último ano, já que, como foi mostrado na edição da Síntese dos Indicadores Sociais de 2020, os programas emergências de transferência de renda tiveram importante papel na redução da pobreza e desigualdade naquele ano”, afirma o instituto em nota. 

O IBGE ainda completa: “Adiciona-se a esta dinâmica a ausência de uma recuperação efetiva do mercado de trabalho em 2021, que teve efeitos significativos sobre o rendimento dos domicílios, em especial dos mais pobres”, finaliza.

Piauí apresentou o menor rendimento médio do trabalho no país

No ano de 2021, o estado do Piauí registrou o menor rendimento médio real do trabalho no país, de cerca de R$ 1.409,00, inferior inclusive ao que havia sido registrado no ano anterior, quando registrou R$ 1.417,00. Essa informação consta na Síntese dos Indicadores Sociais 2022 do IBGE, que traz uma análise das condições de vida da população brasileira.

A unidade da federação com o maior rendimento médio real do trabalho no Brasil foi o Distrito Federal, com R$ 4.084,00, seguido de São Paulo, com R$ 3.026,00. Na região Nordeste, o estado com a maior média foi o Rio Grande do Norte, com R$ 2.029,00, seguido de Pernambuco, com R$ 1.761,00.

O rendimento médio real do trabalho no Piauí ficou 41% abaixo da média nacional, que foi de R$ 2.406,00, e cerca de 14,5% abaixo da média da região Nordeste, que foi de R$ 1.649,00

O rendimento registrado em Teresina, de R$ 1.854,00, apesar de ter sido cerca de 32% superior à média observada para o estado do Piauí, foi o menor rendimento médio real do trabalho dentre todas as capitais do Brasil. O município da capital que apresentou o maior rendimento foi Florianópolis (SC), com R$ 4.370,00, cerca de 135% superior a Teresina, seguida de Vitória (ES), com R$ 4.322,00.

Fonte: Portal A10+


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