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O presidente estadual do Partido Liberal (PL) no Piauí, Tiago Junqueira, foi o entrevistado do A10cast, deste sábado (20), onde falou sobre sua chegada ao Piauí e sua relação com o agronegócio. Ele também falou sobre as estratégias da sigla para as eleições municipais de 2026, o cenário político nacional, a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro e a candidatura de Flávio Bolsonaro.
Natural de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, Tiago Junqueira contou que chegou ao Piauí em 2004, motivado pela expansão do agronegócio nas fronteiras agrícolas do país. Formado em Agronomia, ele relembrou que, após conhecer a região do sul do Maranhão e do Médio Parnaíba piauiense, decidiu investir e se estabelecer definitivamente no estado, onde passou a administrar a Fazenda Chapada Grande, no município de Regeneração. Ele ainda destacou o vínculo pessoal criado com o Piauí ao longo dos anos.
Ao falar sobre sua entrada na política, Tiago Junqueira explicou que a decisão ocorreu após um convite feito pelo ex-presidente Jair Bolsonaro para assumir a presidência do PL no Piauí. “Eu recebi um convite em março deste ano. Já tinha recebido em vários anos para me meter na política, vários anos, mas nunca me tocou tanto o chamamento que eu tive em março deste ano, pelo próprio Bolsonaro, quando ele me disse que eu ajudaria muito assumindo o PL aqui no Piauí, só de não cair em mãos erradas, em traidores. 'Tiago, você já estaria me ajudando só de neutralizar forças negativas'", contou.
Na entrevista, Junqueira afirmou que sua atuação política está ligada à preocupação com os rumos do país e relatou experiências pessoais de perseguições políticas no Piauí. Além de se posicionar sobre a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro.
"Eu já sofri algumas perseguições políticas aqui no Piauí, desse lado da política que está comandando o Estado do Piauí desde 2002, que é o PT, a esquerda. E, por isso, eu me identifiquei tanto com o presidente Bolsonaro. Só sabe a covardia que é você ser perseguido político sem ter feito nada, quem passou na própria pele. Então, quando eu vejo um cara como ele, ali em 2018, levar aquela facada, depois assumir a presidência em 2019, e não ter um pingo de sossego enquanto ele foi presidente tentando fazer o certo, resgatando o nosso patriotismo...O marketing todo da esquerda foi muito cruel com ele, muito covarde com ele… E mesmo depois dele perder as eleições em 2022, o PT não fez outra coisa a não ser perseguir esse homem…até culminar agora na prisão injusta, covarde, de um pseudo-golpe que só está na cabeça da esquerda", ressaltou.
Eleições 2026 e cenário no Piauí
Questionado sobre as eleições de 2026, Tiago Junqueira avaliou que, apesar de o Piauí ter dado ampla votação ao presidente Lula em 2022, há espaço para crescimento da direita no estado, citando como exemplo o resultado das eleições municipais de 2024 em Teresina, com as pesquisas apontando a vitória do candidato do PT, mas as urnas apontando a vitória de Silvio Mendes, atual prefeito. Ele ainda confirmou que o PL trabalha com a pré-candidatura de Tony Rodrigues ao Governo do Estado e afirmou que o objetivo da sigla é ampliar a presença da centro-direita no interior, buscando levar a disputa estadual ao segundo turno.
"A minha expectativa é de que a gente comece a propagar esse sentimento de Teresina para as principais cidades do interior, as 10 ou 20 maiores cidades do interior, e que o pessoal vá realmente refletindo a possibilidade de a gente levar as eleições para o governo do Estado para o segundo turno e todos se juntarem para a gente ter uma vitória alinhada com a presidência da República, alinhada com a maioria no Congresso Nacional. O Toni Rodrigues é um cara, uma grata surpresa que a política me trouxe, foi um nome que corajosamente aceitou me acompanhar nessa jornada. Ele é bem conhecido nas redes sociais, ele tem um histórico desde décadas, como jornalista, como radialista, como escritor, sempre muito perseguido também pelo PT, já sofreu inúmeras perseguições, nunca se vendeu, já teve propostas de se vender, de mudar de lado, nunca se vendeu, nunca se rendeu. É um cara que tem um alinhamento com o PL, com o meu pensamento, com o pensamento do presidente Bolsonaro. Nós vamos com tudo. Nós só não vamos fazer as práticas que esses aí estão, que é compra de voto, compra de liderança", destacou.
No cenário nacional, Junqueira comentou a situação do ex-presidente Jair Bolsonaro, defendeu que há perseguição política e avaliou que a direita possui diversos nomes competitivos para a disputa presidencial, como governadores e parlamentares alinhados ao campo conservador. Ele afirmou ainda que o partido apoiará o nome indicado por Bolsonaro para a eleição presidencial.
"Eu acho que a prisão dele e até algum eventual problema de saúde mais grave que ele venha a ter nesse período que ele estiver lá sobre a tutela desse governo, desse ministro do STF que está fazendo isso com ele, eu acho que favorece, infelizmente favorece, eu digo infelizmente porque eu queria ele solto e com saúde, rodando o Brasil com a gente, mas essa situação de covardia, de perseguição, de injustiça eu acho que é ruim para a esquerda. O povo brasileiro não é bobo. Eu até se estivesse no lugar dos marqueteiros do PT e da esquerda, liberaria o Bolsonaro e colocaria o Bolsonaro nas urnas... porque tudo que estão fazendo contra ele é medo. O Lula está com medo de enfrentar o Bolsonaro", disse.
Economia, agronegócio e programas sociais
Durante a entrevista, Tiago Junqueira também falou sobre economia e agronegócio, setor do qual faz parte. Ele classificou o agro como “locomotiva da economia brasileira” e demonstrou preocupação com o cenário econômico atual, citando dificuldades enfrentadas por produtores rurais, aumento de impostos e taxas de juros elevadas.
Sobre programas sociais, Junqueira defendeu que benefícios como o Bolsa Família devem ter caráter temporário e funcionar como instrumento de transição para o mercado de trabalho, destacando a importância da geração de empregos e da atração de investimentos para o estado.
Fonte: Portal A10+
