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Com Trump subindo o tom, Brasil e China aceleram negócios

Governo brasileiro quer acelerar parcerias com chineses em meio a tarifaço nos EUA


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O Brasil e a China têm se aproximado e estreitado laços comerciais no momento em que escala a guerra comercial entre Pequim e Washington.

Diversas sinalizações nesse sentido foram dadas nos últimos meses. Algumas antecedem a disputa tarifária promovida por Donald Trump.

 
Trump aumenta para 125% imposto à China e reduz tarifas a outros países por 90 dias
Daniel Torok/Official White House Photo
 

De janeiro a março, a corrente de comércio entre Brasil e China bateu recorde para o período e ultrapassou os US$ 38,8 bilhões, com US$ 19,8 bilhões em exportações brasileiras e US$ 19 bilhões em importações.

As importações brasileiras vindas da China aumentaram 35% no primeiro trimestre. Um dos principais responsáveis por esse salto foi o grupo “Plataformas, embarcações e outras estruturas flutuantes”, que, sozinho, movimentou US$ 2,7 bilhões – valor significativamente superior aos cerca de US$ 4 milhões registrados em 2024.

O Brasil não comprava plataformas de perfuração da China desde 2020, segundo dados do Comex Stat, portal oficial do governo brasileiro que disponibiliza dados detalhados sobre as exportações e importações do país.

Na última sexta-feira (18), os Estados Unidos anunciaram novas tarifas portuárias sobre navios chineses, alegando a necessidade de reativar a indústria naval americana frente ao domínio chinês no setor.

No setor do agronegócio, o governo brasileiro já reconhece oficialmente que a disputa comercial entre China e EUA pode abrir novas oportunidades. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que a tensão entre os dois países têm acelerado algumas negociações com Pequim.

“Há sim a expectativa de ampliação dos negócios com a China”, disse Fávaro, na última quinta-feira (17).

Na última semana, representantes do ministério da Agricultura da China estiveram no Brasil e se reuniram com autoridades brasileiras. No próximo dia 22, o ministério da Agricultura do Brasil se reúne com integrantes do GACC, o departamento alfandegário chinês, responsável pelas regras de importação.

O principal objetivo do governo brasileiro nessas reuniões é reduzir a burocracia nos processos de aprovação de importação de produtos biotecnológicos, como sementes geneticamente modificadas e alimentos com edição gênica.

  
China e EUA travam guerra comercial
Reprodução
 
 
 

O Brasil também está enviando seu alto escalão para a China. Como parte da preparação para a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a Pequim, prevista para maio, uma comitiva brasileira já está em solo chinês para abrir caminho nas negociações e organizar os encontros bilaterais.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, já desembarcou no país asiático. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, deve chegar em Pequim no fim de abril – algumas semanas antes da chegada de Lula.

Outra novidade aconteceu no setor portuário. Na última quinta-feira, foi inaugurada uma nova rota marítima direta entre a China e o Brasil.

A nova rota liga o Porto de Gaolan, na cidade de Zhuhai, e os portos brasileiros de Santana (AP) e Salvador (BA).

Segundo o ministério de Portos e Aeroportos, o novo corredor marítimo atende diretamente zonas estratégicas de produção agrícola e mineral.

Fonte: CNN Brasil


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