Desemprego cai para 5,2% em novembro e registra o menor índice desde 2012, diz IBGE - Economia
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Desemprego cai para 5,2% em novembro e registra o menor índice desde 2012, diz IBGE

Redução do desemprego veio acompanhada de um novo recorde no número de pessoas ocupadas: 103,2 milhões


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O Brasil registrou no trimestre encerrado em novembro o menor nível de desemprego da série histórica da PNAD Contínua (Pesquisas por Amostra de Domicílios), principal pesquisa sobre a força de trabalho no Brasil.

Segundo os dados, divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira (30), o índice de desocupação no período ficou em 5,2% da força de trabalho nacional, menor taxa desde 2012, ano de início da série histórica.

  
Carteira de Trabalho Digital agora permite consultas a vagas do Sine Marcelo Camargo / Agência Brasil
 
 
 

O indicador vem apresentando, de forma sucessiva, as menores taxas da série histórica desde o trimestre encerrado em junho de 2025.

Ainda no trimestre encerrado em novembro, a PNAD Contínua apontou 5,6 milhões de pessoas em busca de trabalho, o menor número de desocupados já registrado pela pesquisa.

Para efeito de comparação, o pior momento da série histórica ocorreu no trimestre encerrado em março de 2021, em meio à pandemia de Covid-19, quando o país tinha quase 15 milhões de pessoas sem emprego.

Recorde de pessoas ocupadas

A redução do desemprego veio acompanhada de um novo recorde no número de pessoas ocupadas: 103,2 milhões. Com isso, o nível de ocupação proporção da população com 14 anos ou mais que estava trabalhando chegou a 59,0%, o maior da série histórica.

Segundo a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy, o mercado de trabalho se manteve aquecido ao longo de 2025, o que ajudou a diminuir a pressão por novas vagas e contribuiu para a queda contínua da taxa de desemprego.

Outro dado positivo foi a queda da subutilização da força de trabalho, que inclui pessoas que gostariam de trabalhar mais horas ou que desistiram de procurar emprego. A taxa recuou para 13,5%, o menor patamar da série histórica. Ao todo, 15,4 milhões de pessoas estavam nessa condição, o menor número desde 2014.

Dados por setores

No recorte por atividade, o setor de administração pública, defesa, educação, saúde e serviços sociais foi o principal responsável pelo crescimento do emprego no trimestre, com aumento de quase 500 mil ocupações. Na comparação com o mesmo período de 2024, também houve avanço no transporte e logística. Já o trabalho doméstico registrou queda no número de ocupados.

A informalidade também apresentou recuo. A taxa ficou em 37,7%, abaixo do registrado no trimestre anterior e no mesmo período do ano passado. Esse movimento foi influenciado pelo novo recorde de trabalhadores com carteira assinada, que chegou a 39,4 milhões, e pelo crescimento do emprego no setor público, com 13,1 milhões de pessoas ocupadas.

Ao mesmo tempo, o número de trabalhadores por conta própria alcançou 26 milhões, outro recorde da série. Já o contingente de empregados sem carteira assinada no setor privado permaneceu estável no trimestre e caiu na comparação anual.

Salário

A melhora no mercado de trabalho se refletiu também na renda. O rendimento médio real habitual chegou a R$ 3.574, o maior já registrado, com crescimento tanto no trimestre quanto no ano.

Com mais pessoas trabalhando e ganhando mais, a massa de rendimentos somou R$ 363,7 bilhões, alta de quase R$ 20 bilhões em relação ao mesmo período de 2024.

Para o IBGE, a combinação entre expansão do emprego e aumento da renda tem impulsionado o volume de recursos em circulação na economia, reforçando o cenário de recuperação do mercado de trabalho.

Fonte: R7


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