Com ajuda da comunidade, peixe-boi que veio do Ceará é resgatado no litoral do Piauí - Geral
RESGATE

Com ajuda da comunidade, peixe-boi que veio do Ceará é resgatado no litoral do Piauí

O animal, denominado como Pintada, havia perdido o cinto de monitoramento no Ceará


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Um peixe-boi fêmea de aproximadamente 350 kg foi resgatado na Praia da Pedra do Sal, em Parnaíba, litoral do Piauí, nessa segunda-feira (06). O animal, denominado como Pintada, havia perdido o cinto de monitoramento no Ceará, mas foi avistado em Jericoacoara e veio em direção ao litoral do Piauí onde foi avistado por moradores que acionaram os órgãos de preservação. 

Ao A10+ o biólogo do Apa Delta do Parnaíba, Matheus Silva, conta que Pintada foi avistada por moradores que entraram em contato com a ONG Comissão Ilha Ativa, que realiza trabalho com o peixe boi no Piauí, e com o ICMBio Apa Delta, além da ONG Aquasis que realiza o trabalho com o animal no Ceará. 

  

Peixe-boi foi resgatado na praia da Pedra do Sal
divulgação

   

“Foi um resgate tranquilo. O animal estava um pouco cansado acho que pela viagem que acabou fazendo. Ele estava no lado manso na Pedra do Sal, deve ter achado lá um bom local para descansar. Capturamos ela com uma rede, levamos até a praia, também com ajuda da comunidade. Foi feita uma breve análise, tinha marcas provavelmente de pedra ou canoas, mas ela estava bem”, afirma 

Após o resgate, Pintada foi colocada em uma carreta e levada para ser reintroduzida na região de Bitupitá, região de chapada no Ceará. Ela voltou a ser monitorada por volta da meia-noite já no Ceará. O biólogo também destacou a importância da comunidade no auxilio com o animal. 

“Destacar a importância da comunidade. Eles são os olhos nesse caso, pois eles vão ter o contato direto com o animal na região. Eles que fizeram a viagem e repassaram as informações para gente. A realização desse trabalho sem o apoio, sem ajuda da comunidade, acho que era quase impossível”, relata. 

  

Peixe-boi foi resgatado na praia da Pedra do Sal
divulgação

   

Pintada foi encontrada encalhada ainda jovem e por depender do acolhimento materno até os dois anos, foi levada a um cativeiro pela equipe Aquasis, no Ceará, para ser amamentada e receber outros cuidados até poder ser devolvida ao seu habitat. Porém, com tempo no cativeiro o biólogo explica que esses animais acabam perdendo habilidades e precisam de tempo para serem reintroduzidas. Nesse processo elas são colocadas de volta na natureza com o cinto transmissor para ser monitorada. 

“É um trabalho bem delicado, a questão do monitoramento principalmente quando ele perde o transmissor porque com o transmissor a gente sabe onde ele está e sem o aparelho esse monitoramento se torna mais difícil. O animal tem uma frequência do qual ele fica subindo para respirar e ontem a gente ficou monitorando, entramos na água até que encontramos. Apesar de ser dócil é um animal que se estressa com facilidade e por ser grande demanda grandes forcas. Mas correu tudo bem”, encerrou o biólogo.

Fonte: Portal A10+


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