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Maria Gabriela, de 4 anos, vítima de envenenamento na cidade de Parnaíba continua internada na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital de Urgência de Teresina (HUT) e sem previsão de alta. Ao A10+, a unidade de saúde informou que o quadro da menina ainda é considerado grave. Das 9 pessoas que foram hospitalizadas, 4 morreram e 4 tiveram folga; apenas a menina segue internada. 

A criança foi encaminhada para a capital em 3 de janeiro, junto com a irmã, Lauane da Silva, de 3 anos, e desde então recebe atendimento intensivo no HUT. Lauane acabou não resistindo. “O quadro continua grave, internada na UTI pediátrica e sem previsão de alta”, informou o HUT. 

Maria Gabriela é irmã dos pequenos Igno Davi Silva, Lauane Fontenele, João Miguel e Ulisses Gabriel. Toda a família foi novamente vítima de um caso de envenenamento no dia 1 de janeiro de 2025. O veneno, segundo laudo, estava no arroz que foi preparado para a virada do ano.

Na semana passada, a mãe de Maria Gabriela, Francisca Maria da Silva, de 32 anos, não resistiu às complicações do grave quadro de saúde e morreu no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (Heda), em Parnaíba. Ela é a quarta vítima do caso de envenenamento que destruiu toda uma família na região. 

Inicialmente, suspeitava-se que os peixes doados por um casal estivessem envenenados. No entanto, o laudo pericial descartou essa hipótese, e o casal responsável pela doação não é mais tratado como suspeito pela Polícia Civil. A suspeita foi redirecionada para o padrastro das crianças, Francisco de Assis Pereira da Costa, 53 anos, que foi preso sob a suspeita de colocar as substancias toxicas na comida. 

Personalidade complexa

Personalidade complexa, colecionador de livros sobre o Nazismo, tinha uma residência exclusiva, e sentimento de ódio pelos enteados. Essas são algumas das características, segundo a Polícia Civil do Piauí, sobre Francisco de Assis Pereira da Costa, 53 anos, preso como principal suspeito do envenenamento da própria família, na cidade de Parnaíba, litoral do Piauí. O A10+ faz um resumo completo sobre a coletiva que ocorreu nesta manhã. 

Seguindo uma cronologia dos fatos, Francisco teria sido o último a dormir quando finalizada a festa de Réveillon realizada pela família na madrugada do dia 1º de janeiro de 2025. No dia seguinte, conforme a polícia e relatos de outra enteada do suspeito, ele teria insistido para que fosse reutilizado o arroz, que havia sobrado da confraternização familiar. Ninguém relatou a presença de pessoas estranhas nesse período até a refeição do almoço.  

Reviravolta

Um novo laudo feito nos cajus consumidos pelos irmãos Ulisses Gabriel da Silva, de 8 anos, e João Miguel Silva, de 7 anos, confirmou a inexistência de substâncias tóxicas nas frutas. No documento, que o A10+ obteve acesso, “não foram detectadas substâncias de interesse toxicológico“ nas amostras analisadas pela equipe. Com isso Lucélia Maria da Conceição Silva, de 52 anos, presa como a principal suspeita do 1º envenenamento, pode ser inocente. A defesa de Lucélia solicitou um novo pedido de soltura.

Lucélia Maria da Conceição, de 52 anos, que foi solta após quase cinco meses sob acusação de envenenar duas crianças em Parnaíba, concedeu entrevista à TV Antena 10 nessa terça-feira (14) e deu detalhes sobre o período em cárcere. Ela deixou a Penitenciária Feminina de Teresina e está residindo na casa de parentes. A defesa busca agora uma declaração de inocência e indenização.

Fonte: Portal A10+