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A Companhia Porto Piauí ganhou a missão de revitalizar o Rio Parnaíba com foco em conectar e fortalecer a capacidade de navegação para otimizar a logística de escoamento da produção de grãos do sul do estado. Em maio de 2025, o Governo do Piauí recebeu da União as competências sobre a Hidrovia do Rio Parnaíba, que desenha a divisa entre Maranhão e Piauí. O convênio, assinado pelo governador Rafael Fonteles e o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, delega ao Piauí os serviços de operação e manutenção da via navegável do Parnaíba.
Em agosto de 2025, o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Goés, assinou uma resolução que destinou recursos para o projeto de revitalização do Rio Parnaíba, iniciativa que terá investimentos de R$ 995 milhões, oriundos da privatização da Eletrobras.

Os recursos serão executados pela Eletrobras, seguindo o projeto de revitalização feito pela Companhia Porto Piauí. Segundo Daniel Guimarães, diretor de sustentabilidade da Companhia, o plano é revitalizar o rio e, consequentemente, garantir o retorno da navegabilidade. “Recuperar a navegabilidade só é possível com a revitalização de fato do Rio Parnaíba, de suas nascentes e sua vegetação ciliar”, comenta o diretor.
Projeto deve ser iniciado em 2026
A Companhia agora prepara os primeiros estudos para iniciar a revitalização já em 2026. O projeto será realizado em fases, e as operações e o volume de produtos exportados pela hidrovia devem crescer de acordo com a ampliação da capacidade.
Quando concluída e em operação total, a hidrovia terá mais de 900 quilômetros de extensão, e vai ligar a região produtora de grãos do sul do Piauí ao Porto, reduzindo os custos do transporte e o volume de emissão de gases poluentes na atmosfera, com a redução da circulação de caminhões.
Segundo a Companhia Porto Piauí, o transporte de grãos será feito por embarcações com 90 metros de comprimento e 16 de largura, projetadas para operar no rio, que vão transportar até 2.100 toneladas de grãos por viagem, o equivalente ao 50 caminhões bi-trem.
“Nossa expectativa é exportar cerca de 4 milhões e 5 milhões de toneladas de grãos por ano em até três anos após o início da operação da hidrovia”, projeta Daniel Guimarães.
Atualmente, a produção de grãos de fazendas localizadas em municípios como Uruçuí, Baixa Grande do Ribeiro e Ribeiro Gonçalves viaja de caminhão até outros portos, como o Porto do Itaqui (MA) e o Porto de Santos (SP), com altos custos de transporte rodoviário.
Fonte: Governo do Piauí