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O ex-diretor da PRF (Polícia Rodoviária Federal), Silvinei Vasques, deve ser transferido para Brasília neste sábado após ser preso no Paraguai. Ele passou a noite a sede da Polícia Federal em Foz do Iguaçu, no Paraná.
Ele deve ficar no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, em ala própria, segundo informou o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues. A chegada está prevista para acontecer entre o fim da manhã e o começo da tarde.

Vasques foi condenado pela 1ª Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) no âmbito da trama golpista a mais de 24 anos de prisão. Segundo a Corte, ele agiu para dificultar a votação de eleitores, principalmente no Nordeste.
Ele iniciou uma rota de fuga para o Paraguai na madrugada de quinta-feira (25), utilizando um carro alugado. Segundo a Polícia Federal, ele rompeu a tornozeleira eletrônica pouco antes de deixar o Brasil em direção ao país vizinho.
Vasques acabou detido provisoriamente no aeroporto paraguaio ao tentar utilizar um documento falso.
As autoridades locais comunicaram a polícia brasileira, que havia emitido um alerta de fuga. Em seguida, o ministro do STF Alexandre de Moraes determinou a prisão preventiva de Vasques.
Os crimes
A condenação ocorreu em 16 de dezembro. Na ocasião, a Primeira Turma do STF condenou Vasques pelos crimes de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, organização criminosa e dano qualificado.
Vasques havia sido preso em 2023 e solto em agosto do mesmo ano, mediante o cumprimento de medidas cautelares, entre elas o uso de tornozeleira eletrônica.
A defesa
Apesar do episódio, o advogado Eduardo Simãoa firmou que a tentativa de fuga não interfere no pedido de redução da pena. “Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa”, disse ao R7 Planalto.
Segundo informações obtidas pelo R7 Planalto, após o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes determinar a prisão preventiva de Vasques, a defesa pedirá que o cumprimento da medida ocorra em um presídio de Santa Catarina, estado onde o ex-diretor da PRF e sua família residem.
Os advogados também pretendem apresentar à Primeira Turma do STF um embargo declaratório, com pedido de redução da pena imposta a Vasques, condenado a mais de 24 anos de prisão por envolvimento na trama golpista.
Antes da tentativa de fuga, Vasques trabalhava como secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação da Prefeitura de São José, em Santa Catarina, mas pediu exoneração do cargo.
Como mostrou o R7 Planalto, o pedido de desligamento ocorreu no mesmo dia em que ele foi condenado pela Primeira Turma do STF a mais de 24 anos de prisão por participação na trama golpista.
Fonte: R7