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A defesa da vereadora Tatiana Medeiros afirmou à TV Antena 10 que a parlamentar deve retornar à Câmara Municipal de Teresina já na próxima segunda-feira (13), após o Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI) anular o relatório financeiro que embasava as acusações contra ela. A decisão levou à revogação da prisão domiciliar e a suspensão do afastamento do cargo. O delegado Samuel Silveira, coordenador do Denarc, chegou a classificar a decisão como "uma insegurança jurídica no processo penal".
Tatiana estava presa desde abril deste ano, suspeita de envolvimento com organização criminosa e crimes eleitorais. O A10+ apurou que a defesa dos réus sustentou que a ação penal eleitoral teve início em um inquérito policial que utilizou provas da Operação DENARC-64, fundamentadas em um material posteriormente anulado pelo TJ-PI. O adiamento da audiência foi determinado pela juíza Júnia Maria Feitosa Fialho, da 1ª Zona Eleitoral de Teresina.
O outro advogado da vereadora, Samuel Castelo Branco, também destacou que as investigações não comprovaram nenhuma ligação de Tatiana com o Bonde dos 40.
“As hipóteses levantadas não se confirmaram. Ficou essa mancha de que ela teria ligação com o ‘Bonde dos 40’, mas isso não existe. Ela não foi denunciada por nada relacionado à facção. Estamos aqui para restabelecer a verdade, e os teresinenses podem ficar tranquilos: não há envolvimento com facção criminosa no mandato da vereadora”, disse.
Segundo ele, a decisão do TJ-PI foi consequência do esvaziamento das provas e da inconsistência do relatório financeiro que embasava a denúncia: “No final das investigações, as premissas iniciais não se confirmaram. Por isso, não restou outra alternativa além de suspender a audiência e reintegrá-la ao cargo”, completou Castelo Branco.
A defesa também reforça que Tatiana nunca representou risco de fuga ou ameaça à investigação. “Ela nunca teve risco de fuga, nunca apresentou risco econômico e não há nenhuma prova de que tenha usado o cargo para fins ilícitos”, concluiu Edson Araújo.
Com a decisão, a vereadora deve retornar ao mandato e retomar as atividades legislativas após seis meses afastada do cargo.
Fonte: Portal A10+