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O Ministério Público denunciou o cabo da Polícia Militar do Piauí, Leonardo Geyson de Sousa Silva, pelo crime de Estelionato, em Teresina. O policial é acusado de ter oferecido investimento em títulos na bolsa de valores e fundo imobiliário, com promessa de retorno financeiro de alto rendimento. Uma das supostas vítimas chegou a ter prejuízo de mais de 30 mil reais.
Segundo o órgão ministerial, ele teria convencido uma das vítimas ao investimento por meio da formalização de uma Declaração de Prestação de Serviços em cartório.
"Posteriormente, a vítima realizou três transferências bancárias nos meses de julho e agosto de 2024, a primeira no valor de R$ 5 mil, a segunda no valor de R$ 1 mil e a terceira realizada presencialmente em caixa eletrônico no valor de R$ 30 mil. Os valores foram transferidos diretamente para a conta pessoal do denunciado, sem envolvimento de uma instituição financeira legítima em nome das vítimas ou mecanismos formais de aplicação", afirmou a promotora de Justiça Gianny Vieira de Carvalho.
Após também efetuar outro pagamento, mas em espécie, da quantia de R$ 1 mil, a vítima afirmou que somente recebeu valores a título de rentabilidade após o registro do Boletim de Ocorrência, ocasião em que o policial lhe transferiu a quantia apenas de R$ 12 mil. No entanto, após o repasse, não houve qualquer outra restituição financeira, trazendo prejuízo financeiro.
Diante dos fatos, o MP apresentou a denúncia requerendo a realização de uma audiência de instrução e julgamento, além do pagamento de indenização no valor mínimo de R$ 100 mil a título de danos materiais e morais a vítima.
Leonardo foi preso em 26 de novembro, durante operação da Polícia Civil. Ele já havia sido afastado das funções pela Corregedoria da PM-PI.
Outro lado
Em contato com a reportagem do A10+, em 29 de outubro do ano passado, o policial explicou que os pagamentos apontados nas denúncias não foram repassados em sua totalidade até o momento em virtude de uma situação com o banco no qual está vinculado os investimentos. Além disso, o PM ressaltou que durante o período de inatividade do serviço prestado, foi enviado valores para as pessoas, no intuito de dá garantia sob responsabilidade do serviço prestado.
Veja a íntegra:
Estou em contato constante com as supostas vítimas da matéria e tenho o comprovante de pagamento dos rendimentos e dos acordos firmados. Que a situação do atraso ocorreu em virtude de um compliance do banco no qual está vinculado o investimento.
Que durante esse período de inatividade do serviço prestado foi enviado valores no intuito de dá garantia sob responsabilidade do serviço prestado.
Que estou a disposição para dá continuidade ao cumprimento dos acordos firmados entre as partes.
Que o valor não é 2 milhões de reais, como foi informado na matéria.
Teresina, 29 de outubro de 2024.
Fonte: Portal A10+