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Leonardo Irving Daniel da Silva, 27 anos, foi condenado a 31 anos de prisão, em regime fechado, por matar a própria filha Nicolly Gabriele Daniel, de 1 ano de idade. O crime aconteceu em 2018 no município de Pimenteiras, Sul do Piauí. Ele foi condenado após julgamento do Tribunal Popular do Júri, que encerrou na madrugada desta quarta-feira (20), no Fórum de Valença.
A pena foi aumentada por ser a vítima menor de 14 anos e por ser ele pai da criança. Conforme sentença, o réu foi condenado com reconhecimento de quatro qualificadoras para o homicídio, além de dois agravantes. As qualificadoras foram: motivo torpe, motivo fútil, praticado de forma cruel e sem possibilidade de defesa pela vítima.
Na época do crime, o acusado confessou ter dado sete golpes de faca na criança para descontar a fúria que estava sentindo pela ex-mulher, mãe da criança. Ele havia relatado à polícia que sofria de problemas psiquiátricos desde criança e que vivia em tratamento.
Em depoimento, Leonardo contou que no dia do crime estava segurando a filha e com um punhal na outra mão. A criança, segundo o réu, chegou a tocar na arma, mas ele retirou. Depois disso, o pai relatou que não lembra do que de fato aconteceu.
Na época, o acusado revelou que a união com Amanda Kelly Barbosa, mãe da criança, durou dois anos após descobrir uma traição da ex-companheira.
"Advirto que o réu não poderá apelar em liberdade, haja vista seu grau de periculosidade e, principalmente, em observância a recente alteração legislativa (art. 492, I, 'e', do CPP), que prevê a decretação da prisão preventiva quando a pena aplicada perante o Tribunal do Júri for superior a 15 anos, tornando regra a execução provisória da pena", destacou o juiz Franco Morette Felício na sentença.
Diante da decisão, Leonardo Irving seguirá preso na penitenciária regional Irmão Guido, localizado na zona Sul de Teresina.