📲 Siga o A10+ no Instagram, Facebook e Twitter.
A defesa de Francisco de Assis Pereira da Costa, de 53 anos, preso como principal suspeito do envenenamento da própria família na cidade de Parnaíba, litoral do Piauí, pediu a revogação da prisão preventiva. Ao A10+, o advogado de defesa afirmou que o pedido foi protocolado há alguns dias e que a morte de Maria Jocilene da Silva colabora com a tese da defesa. Nesta sexta (24), a mulher, que havia tomado café na residência onde a família dele foi vítima de envenenamento, morreu no HEDA. A causa da morte ainda não foi revelada.
“O pedido não foi protocolado hoje. A defesa sempre acreditou na inocência do seu Francisco de Assis e diante desse novo envenenamento, ocorrido na data do dia 22, na mesma residência, isso só reforça a inocência [dele]. Ele enclausurado não tinha a mínima possibilidade de praticar esse novo delito. Então é necessária a conclusão das investigações para que aponte o verdadeiro autor dos crimes que vem sendo praticado em face de diversas vítimas”, disse o advogado Antônio de Padua Cardoso à reportagem.
A polícia afirmou que o padrasto teria confessado em depoimento ter uma relação conturbada com os enteados, principalmente com Francisca. Para o advogado, a prisão foi injusta e sem provas concretas da participação dele no envenenamento.
“Eu, como advogado de defesa do Sr. Francisco de Assis, sempre pontuei que essa prisão é totalmente injusta. É uma prisão baseada em presunções e não em indícios de autoria”, destacou.
A morte de Maria Jocilene da Silva na manhã desta sexta-feira (24) reacendeu as dúvidas sobre o caso. Ela estava internada no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA) desde quarta-feira (22) após ter passado mal na casa de família envenenada em Parnaíba, pouco depois da confirmação da morte de Maria Gabriela, de 4 anos.
Em nota enviada ao A10+, o Heda informou que a causa do falecimento será divulgada somente após a conclusão da investigação. Seu quadro clínico era considerado grave. A Polícia Civil não comenta o caso. Nesta semana, vizinhos foram conduzidos à delegacia para prestarem depoimentos.
A prisão de Francisco e a reviravolta no caso
Personalidade complexa, colecionador de livros sobre o Nazismo, tinha uma residência exclusiva, e sentimento de ódio pelos enteados. Essas são algumas das características, segundo a Polícia Civil do Piauí, sobre Francisco de Assis Pereira da Costa, 53 anos, preso como principal suspeito do envenenamento da própria família, na cidade de Parnaíba, litoral do Piauí.
Seguindo uma cronologia dos fatos, Francisco teria sido o último a dormir quando finalizada a festa de Réveillon realizada pela família na madrugada do dia 1º de janeiro de 2025. No dia seguinte, conforme a polícia e relatos de outra enteada do suspeito, ele teria insistido para que fosse reutilizado o arroz, que havia sobrado da confraternização familiar. Ninguém relatou a presença de pessoas estranhas nesse período até a refeição do almoço.
Na última quarta (22), Maria Jocilene deu entrada, novamente no hospital, após passar mal na casa onde moravam membros de uma mesma família que faleceram após consumirem arroz contaminado com a substância Terbufós em Parnaíba, litoral do Piauí. O padrasto Francisco de Assis Pereira da Costa, 53 anos, está preso como principal suspeito do crime.
Desde agosto do ano passado a família está envolvida em casos de intoxicação por veneno em alimentos. Ao todo, sete pessoas da mesma família morreram. Ainda em 2024 Lucélia Maria da Conceição, de 52 anos, foi presa sob suspeita de ter dado cajus envenenados para duas crianças. O caso teve uma reviravolta quando o laudo apontou ausência de veneno nas frutas e um membro da família foi preso.
Fonte: Portal A10+