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O empresário Eliésio Marinho foi indiciado pela Polícia Civil do Piauí por feminicídio e fraude processual no caso da morte de Kamila Carvalho do Nascimento, de 22 anos, em 20 de outubro desse ano, no bairro Nova Brasília, zona Norte de Teresina.
Em entrevista ao A10+, a delegada Natália Figueiredo explicou que o laudo pericial apontou que o acusado, após o crime, teria colocado uma faca na mão da vítima. Outros exames também foram feitos em uma arma de fogo de Eliésio a respeito do tiro, e indicaram a impossibilidade de Kamila ter atirado no próprio corpo, inclusive pela falta de vestígios de pólvora nas mãos da vítima.
"O autor nos trouxe uma situação de suicídio e através da prova pericial foi constatado que, de fato, houve feminicídio. A faca que a vítima empunhava na sua mão esquerda teria sido colocada após o seu óbito, tendo em vista que pelas condições biológicas seria praticamente impossível a empunhadura na qual foi encontrada a vítima. Também tem a questão do disparo de arma de fogo que vitimou Kamila. Foi constatado através de testes, utilizando a mesma arma e a munição do autor, que pela distância, que foi testada em até 40 cm, seria impossível não ter ficado efeito secundário do disparo ou seja teria vestígios de pólvora", explicou.
A delegada ainda acrescentou que o empresário teria manipulado o corpo da mulher seguindo com o objetivo de alterar a cena do crime e simular o suicídio.
"Também foi observado que houve manipulação do corpo da vítima, ou seja, quando a perícia chegou a posição em que o corpo foi encontrado não era a mesma na qual ela estaria no momento do fato. Isso foi através da análise das manchas de sangue, que eram incompatíveis com a posição em que o corpo foi encontrado. Na reprodução ele afirmou que tinha visto o buraco que teria sido produzido com o disparo que a vítima realizou em si própria, mas na posição em que ele estava e que a vítima estava, era impossível ele ter visto esse buraco sem ele ter manipulado o corpo", detalhou.
O inquérito concluído nessa quinta-feira ainda considerou causa de aumento por ter sido praticado na presença de uma menor de idade. Eliésio Marinho permanece detido por efeito do decreto de uma prisão preventiva.
Pai de Kamila relata dor: “pensei que minha filha estava em boas mãos”
A morte de Kamilla Nascimento gerou revolta em amigos e familiares. Investigações apontam Eliésio Marinho, marido da vítima, como principal suspeito, que teria assassinado a esposa com um tiro na frente da filha de 2 anos e sete meses.
Em entrevista à TV Antena 10, Lucas do Nascimento, pai da jovem de 22 anos, comentou sobre a prisão do suspeito e afirmou que não esperava tamanha crueldade do seu genro. “Pensei que minha filha estava em boas mãos. Apesar de não ter muito contato, eu tinha ele como uma boa pessoa e não imaginava que seria capaz disso. Espero que justiça seja feita”, disse.
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Fonte: Portal A10+