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O laudo pericial, obtido com exclusividade pela TV Antena 10 e A10+, revelou as causas do acidente que matou a adolescente Julia Aparecida da Cunha Soares, de 14 anos de idade e deixou ferida a Naiara Vitória, de 16 anos, no dia 7 de abril, ocorrido no bairro Morros, zona Leste de Teresina.
De acordo com o laudo, o veículo conduzido por Lucas Eliel Lima Rocha estava com velocidade acima da permitida. “Conclui afirmando que a ausência de vestígios como frenagens anteriores ao impacto, sugerem que o comportamento do condutor do automóvel Renault/Kwid, que dirigia com velocidade acima da máxima permitida para a via, foi preponderante para a causa do acidente. Ainda no entender do perito as pedestres não são excluídas de terem concorrido para a consumação do fato, no que se refere à visualização e movimentação, ação que culminou com o óbito de Julia Aparecida da Cunha Soares”, diz o laudo.
Os cálculos feitos pela perícia mostram ainda que o veículo estava a 72 km/h por hora quando atingiu as adolescentes, enquanto a via tem limite máximo de 60km/h. Ainda de acordo com o laudo, as marcas pneumáticas de frenagem de 24 metros encontradas no local do sinistro somente iniciaram após o impacto contra as vítimas.
Apesar da conclusão de que o condutor seguia em alta velocidade, o laudo aponta que as pedestres também contribuíram para o acidente. “Ainda no entender do perito as pedestres não são excluídas de terem concorrido para a consumação do fato, no que se refere à visualização e movimentação”.
Família de adolescente morta em acidente pede justiça: "é uma dor muito grande", diz mãe
Patrícia Cunha, mãe da adolescente Júlia Aparecida, 14 anos, que morreu ao ser atropelada por um carro no último dia 7 de abril no bairro Morros, zona Leste de Teresina, pediu justiça e afirmou que o caso não pode ficar impune. O motorista que causou o acidente foi preso no mesmo dia.
"Ele vai ter que pagar pelo que fez. Eu sei que botando atrás das grades não vai trazer minha filha. Presa tá ela que nunca mais volta, é uma dor muito grande. Ele destruiu minha família", desabafou a mãe da vítima, bastante emocionada, em entrevista à TV Antena 10.
Patrícia Cunha contou que não foi procurada por nenhum familiar do motorista que causou o acidente e que, até o momento, não recebeu nenhuma assistência.
"Ninguém entrou em contato, nunca procurou a família. Isso não pode ficar impune, ele matou foi gente. Do jeito que ele matou minha filha, pode matar qualquer outra pessoa no trânsito", disse.
Entenda o caso
Júlia Aparecida da Cunha Soares estava indo para a igreja na companhia de uma colega, Naiara Vitória, quando ambas foram atropeladas pelo carro, que, conforme imagens obtidas pelo A10+, estava em alta velocidade na avenida. A jovem de 14 anos não resistiu aos ferimentos e morreu ainda no local. A colega sobreviveu.
Patrícia Cunha contou ainda que sua filha era cheia de sonhos. Júlia Beatriz gostava de tirar fotos e fazer balé. A adolescente deixou os pais e três irmãos. "Ele destruiu minha família, é muito doloroso. A dor de uma mãe perder o filho não tem igual", finalizou.
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Fonte: Portal A10+