Transferência de R$ 90 mil e paquera em prostíbulo: novos detalhes da morte de empresário no Piauí - Polícia
CASO ANTÔNIO FRANCISCO

Transferência de R$ 90 mil e paquera em prostíbulo: novos detalhes da morte de empresário no Piauí

Duas mulheres, donas da casa de prostituição, foram presas na terça (24); outras duas pessoas estão sendo procuradas pela polícia


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O delegado Francisco Costa, o Barêtta, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) revelou ao A10+ novos detalhes do assassinato do empresário do ramo de energia solar Antônio Francisco dos Santos Sousa, de 50 anos, que foi morto a facadas e degolado em Teresina no último dia 1º de abril. Entre eles, que R$ 90 mil foram transferidos da conta da vítima. Agora, a polícia investiga como ocorreu essa transferência e se ela foi antes ou depois do crime.

Na terça-feira (24), duas mulheres, donas do prostíbulo Balde Azul, foram presas sob suspeitas de envolvimento no caso. Segundo o delegado Barêtta, as duas suspeitas presas têm um relacionamento amoroso e o empresário Antônio Francisco ‘paquerou’ uma delas no prostíbulo, o que teria, de acordo com as investigações, enfurecido a companheira. A vítima foi enforcada e depois levada a uma fazenda na Cacimba Velha, zona Rural de Teresina, onde foi encontrada com pelo menos 16 perfurações de arma branca, sem roupas e degolada. Outras duas pessoas estão sendo procuradas também suspeitas de envolvimento no crime. 

  

Antônio Francisco foi encontrado morto em 1º de abril na zona Rural de Teresina Reprodução

   

Barêtta relatou que o empresário, que antes era pastor, frequentava o prostíbulo das mulheres que foram presas sob suspeita de envolvimento no assassinato. 

“Duas mulheres foram presas e dois indivíduos, que já estão identificados, também participaram do crime e estão sendo procurados. Há indício de que houve uma transferência da quantia de 90 mil reais da conta da vítima. A gente nem pode chamar ele de pastor porque quem é assim não frequenta lupanar, o pastor não frequenta bordel, o pastor não frequenta local de crime e de venda de drogas. Ele não estava para evangelizar, a gente evangeliza em outros locais, em qualquer lugar, menos ali que é um antro de prostituição, de venda de droga e, como ficou comprovado, a gente não pode ser eufêmico”, declarou o delegado em entrevista à TV Antena 10 e ao A10+. 


Barêtta destacou ainda que o DHPP está criando uma linha do tempo para saber se a transferência dos R$ 90 mil ocorreu enquanto o empresário Antônio Francisco estava vivo. A polícia aguarda agora extratos bancários da vítima. 

“’É um crime que está devidamente esclarecido. Agora o delegado Divanilson [responsável pelo caso] criou uma linha do tempo para saber se aquela transferência [dos R$ 90 mil], conforme os indícios, foi feita antes da morte ou depois da morte porque aí vai definir a natureza jurídica do crime, ou seja, ou é um roubo seguido de morte ou homicídio qualificado. A conduta criminosa de cada um dos envolvidos está devidamente individualizada nos autos do inquérito policial, que é um verdadeiro auto de exame de corpo delito da conduta criminosa de cada um”, completou.

Empresário teria paquerado companheira de dona de prostíbulo, diz polícia 

As investigações do DHPP também apontaram que Antônio Francisco teria paquerado a companheira da dona do prostíbulo. As duas foram presas na terça (24) e uma delas relatou à TV Antena 10 que nunca tinha visto a vítima, no entanto, a declaração vai contra o que foi comprovado pela polícia de que o empresário frequentava o estabelecimento delas. No local, os agentes apreenderam drogas e uma arma de fogo. 

  

Mulheres foram presas sob suspeita de envolvimento no assassinato de empresário em Teresina TV Antena 10

   

“Segundo consta o episódio que antecedeu a morte do pastor, da vítima, é que ele inclusive já andava lá e teve um desentendimento porque deu em cima da mulher da Karine que é a dona do prostíbulo e que ela vivia um relacionamento com a Maria…aí girou um problema lá dentro. Depois, eles tiraram ele [o empresário] de lá, saiu embrulhado em um lençol lá do lupanar e foi encontrado com golpes de faca naquele local. Estamos definindo a natureza jurídica do fato. Foi latrocínio? Porque há uma transferência. Ou foi um roubo seguido de morte que é o latrocínio. Ou foi um homicídio, um concurso material com um furto. Porque é uma coisa é eu matar, eu tenho vontade de matar, e a outra depois de matar, furtar, porque aí pratiquei outro crime”, finalizou Barêtta. 

O caso foi registrado em 1º de abril desse ano. A vítima estava nua e com marcas de ao menos 16 perfurações de faca. O carro da vítima, uma Hilux, foi encontrado horas depois pela polícia. Moradores da região acionaram a polícia, após encontrarem o corpo deitado no chão, próximo a uma construção. Investigações apontam que corpo tenha sido deixado no local.

Além dos ferimentos pelo corpo, ele também estava com o pescoço degolado. Próximo ao corpo foram encontrados pedaços de tijolo cerâmicos quebrados que podem ter sido utilizados contra a vítima. O carro do empresário foi localizado em uma estrada na zona rural de José de Freitas, com vestígios de sangue.  

Fonte: Portal A10+


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