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O senador Ciro Nogueira (PP-PI) encaminhou ofício ao ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, negando a denúncia de que teria recebido uma sacola com dinheiro vivo enviada por Mohamad Hussein Mourad, o “Primo”, e Roberto Augusto Leme da Silva, o “Beto Louco”.
Eles são apontados pela Polícia Federal como chefes de um esquema bilionário de combustíveis ligado ao PCC (Primeiro Comando da Capital).

No documento, o parlamentar afirma nunca ter se reunido com os acusados e solicita que a PF levante registros de acesso ao seu gabinete no Senado.
Além disso, declara colocar à disposição seus sigilos telefônico, bancário e fiscal para demonstrar que não manteve contato com integrantes da facção.
“Jamais tive proximidade de qualquer espécie com essas pessoas. Nunca poderiam ter me favorecido financeiramente. Essa hipótese é absolutamente mentirosa”, escreveu.
As acusações surgiram a partir de relatos atribuídos a “Beto Louco”, publicados pelo portal ICL Notícias, segundo os quais uma entrega de valores teria ocorrido no gabinete do senador em Brasília.
A suposta propina estaria relacionada à defesa de interesses do grupo junto à ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) e a projetos de lei em tramitação no Congresso.
Investigação
A investigação ocorre no âmbito da Operação Carbono Oculto, deflagrada na última semana pelo Ministério Público de São Paulo, com apoio da PF e da Receita Federal.
O esquema movimentava fundos de investimento e empresas de combustíveis para lavar e blindar recursos do crime organizado.
Mais de mil postos de combustíveis teriam operado para o grupo, movimentando R$ 52 bilhões entre 2020 e 2024. Só em sonegação de impostos, a Receita estima prejuízo superior a R$ 8,6 bilhões.
Simultaneamente, outras duas operações foram abertas: a Quasar, que identificou simulações de compra e venda de ativos financeiros, e a Tank, voltada a fraudes envolvendo refinarias e distribuidoras de combustíveis, com volume suspeito acima de R$ 23 bilhões desde 2019.
Lula de olho
Os desdobramentos atingem o meio político. Informações de bastidores apontam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estaria supervisionando pessoalmente a análise dos nomes de parlamentares investigados.
Pelo menos seis congressistas, além de Ciro Nogueira, teriam sido citados em relatórios preliminares.
O avanço das apurações pressiona partidos do centrão, que articulam reação para acusar o governo de ter antecipado a ofensiva contra o PCC com o objetivo de reduzir a repercussão da CPI do INSS.
Aliados de Nogueira afirmam que a denúncia carece de provas concretas e reforçam o discurso de perseguição política.
Perguntas e Respostas
O que Ciro Nogueira afirmou sobre as acusações de propina?
O senador Ciro Nogueira (PP-PI) negou as acusações de que teria recebido uma sacola com dinheiro vivo de Mohamad Hussein Mourad, conhecido como "Primo", e Roberto Augusto Leme da Silva, chamado de "Beto Louco". Ele enviou um ofício ao ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmando que nunca se reuniu com os acusados e solicitou que a Polícia Federal (PF) levantasse registros de acesso ao seu gabinete no Senado.
Quais medidas Nogueira tomou para se defender?
Ciro Nogueira colocou à disposição seus sigilos telefônico, bancário e fiscal para provar que não teve contato com integrantes do PCC. Ele declarou: "Jamais tive proximidade de qualquer espécie com essas pessoas. Nunca poderiam ter me favorecido financeiramente. Essa hipótese é absolutamente mentirosa".
De onde surgiram as acusações contra Nogueira?
As acusações surgiram a partir de relatos atribuídos a "Beto Louco", que foram publicados pelo portal ICL Notícias. Segundo esses relatos, uma entrega de valores teria ocorrido no gabinete do senador em Brasília, relacionada à defesa de interesses do PCC junto à ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) e a projetos de lei em tramitação no Congresso.
Qual é o contexto da investigação em que Nogueira está envolvido?
A investigação faz parte da Operação Carbono Oculto, deflagrada pelo Ministério Público de São Paulo, com apoio da PF e da Receita Federal. O esquema investigado movimentava fundos de investimento e empresas de combustíveis para lavar e proteger recursos do crime organizado, envolvendo mais de mil postos de combustíveis e movimentando R$ 52 bilhões entre 2020 e 2024.
Quais são os impactos políticos da investigação?
Informações de bastidores indicam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está supervisionando a análise dos nomes de parlamentares investigados, com pelo menos seis congressistas, além de Ciro Nogueira, sendo citados em relatórios preliminares. O avanço das apurações pressiona partidos do centrão, que articulam uma reação, alegando que o governo antecipou a ofensiva contra o PCC para reduzir a repercussão da CPI do INSS.
Como os aliados de Nogueira reagiram às acusações?
Aliados de Ciro Nogueira afirmam que as denúncias carecem de provas concretas e reforçam a ideia de que se trata de uma perseguição política.
Fonte: R7