Conselho da Petrobras aprova nomeação de Jean Paul Prates como presidente da empresa - Política
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Conselho da Petrobras aprova nomeação de Jean Paul Prates como presidente da empresa

Agora, o nome do senador precisa ser validado pela assembleia geral de acionistas, ainda sem data prevista para acontecer


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O Conselho de Administração da Petrobras aprovou, por unanimidade, nesta quinta-feira (26), a nomeação do senador Jean Paul Prates (PT-RN) como presidente da companhia. Agora, o nome do indicado precisa ser validado pela assembleia geral de acionistas, que precisa ser convocada com um mês de antecedência.

Além da presidência, Prates também foi indicado para integrar o Conselho de Administração da Petrobras. Seu nome havia sido aprovado durante análise interna por parte dos comitês de Elegibilidade e de Pessoas.

  

Senador Jean Paul Prates foi indicado para a presidência da Petrobras Waldemir Barreto/Agência Senado

   

Prates era o principal cotado para assumir o comando da estatal. O parlamentar participou ainda do grupo técnico de Minas e Energia da equipe de transição do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O indicado já apresentou a renúncia ao mandato de senador, que terminaria neste ano.

Atualmente, a estatal é comandada de forma interina por João Henrique Rittershaussen, que também é diretor executivo de desenvolvimento da produção. Ele assumiu o posto após a saída antecipada de Caio Paes de Andrade.

Política de preços

Como mostrou o R7, a política de preço da Petrobras é um dos pontos sensíveis da empresa, na avaliação de Prates. Durante os trabalhos na equipe de transição, ele afirmou que a metodologia é uma política de governo, e não de Estado.

"Vejo a Petrobras como uma empresa que precisa olhar para o futuro e investir na transição energética para atender às necessidades do país, do planeta e da sociedade, além dos interesses de longo prazo de seus acionistas", declarou Prates ao anunciar sua indicação.

A Petrobras adota o modelo de PPI (Preço de Paridade Internacional), o que faz com o que o valor da gasolina, do etanol e do diesel acompanhe a variação do valor do barril de petróleo no mercado internacional.

Intervenção

Recentemente, o indicado para a presidência negou que o governo fará intervenção na política de preços da estatal. Prates disse também que os preços serão vinculados internacionalmente de alguma forma. "Sempre vai ser influenciado pelos preços internacionais. Qualquer país é assim. Não é ideia minha. Todo preço da commodity de combustível e derivado de petróleo é referência, influenciado pela oscilação internacional", afirmou.


"Claro que não [vai ter intervenção]. Nunca ninguém falou em intervenção. Não sei quem inventou essa história de intervenção", disse. "A Petrobras não faz intervenção em preços. Ela cumpre o que o mercado e o governo criam de contexto. A Petrobras reage a um contexto. Então, nós vamos criar a nossa política de preços para nossos clientes, para as pessoas que compram da Petrobras. A gente não pode influenciar", completou.

Primeiro aumento

A Petrobras anunciou, na última terça-feira (24), que iria reajustar o preço da gasolina para as distribuidoras em 7,5%. Com isso, desde quarta-feira (25), o preço médio do litro nas refinarias ficou R$ 0,23 maior.

A decisão implica na venda do combustível a R$ 3,31 por litro, segundo comunicado da petroleira — até hoje, o preço do litro praticado pela Petrobras é de R$ 3,08. Os donos dos postos compram a gasolina mais cara e decidem quando vão revender com o novo preço.

Considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos do país, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 2,42 por cada litro vendido na bomba.

Fonte: R7


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