STF forma maioria para condenar Bolsonaro e aliados por todos os crimes da trama golpista - Política
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STF forma maioria para condenar Bolsonaro e aliados por todos os crimes da trama golpista

Ministra Cármen Lúcia votou para aceitar as acusações da PGR (Procuradoria-Geral da República) contra todos os réus por cinco crimes


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Atualizada às 16h21

Após o voto do ministro Luiz Fux, que discordou dos colegas de Supremo Alexandre de Moraes e Flávio Dino, a ministra Cármen Lúcia formou, na tarde desta quinta-feira (11/9), maioria pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais sete réus por organização criminosa, golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. “O 8 de Janeiro não foi um acontecimento banal”, afirmou a ministra.


Cármen aceitou a denúncia da PGR na íntegra e votou por condenar os réus por organização criminosa armada; golpe de Estado; tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; dano qualificado pela violência e grave ameaça contra patrimônio da União (exceto Alexandre Ramagem) e deterioração de patrimônio tombado (exceto Ramagem).

  

Ex-presidente Jair Bolsonaro
Lula Marques/Agência Brasil

   

O julgamento ainda continuará com o voto do ministro Cristiano Zanin e a análise detalhada da dosimetria, que definirá as penas específicas para cada réu com base na gravidade de suas condutas e na participação individual nos atos criminosos. No A10Cast, o advogado criminalista João Marcos Parente já havia comentado que Bolsonaro seria condenado pelo STF. 

“Prova cabal”

Ao votar o mérito, a ministra adiantou que vê provas dos crimes dos réus contra as instituições democráticas: “A procuradoria afirmou, e acho que já antecipo, fez prova cabal de que o grupo, liderado por Jair Messias Bolsonaro, composto por figuras-chave do governo, das Forças Armadas e de órgãos de inteligência, implementou plano progressivo e sistemático de ataque às instituições democráticas, com a finalidade de prejudicar a alternância legítima de poder nas eleições de 2022, minaram o livre exercício dos demais poderes constitucionais”.

“O que há de inédito nessa ação penal é que nela pulsa o Brasil que me dói. A presente ação penal é quase um encontro do Brasil com seu passado, com seu presente e com seu futuro, na área de políticas públicas e órgãos de estado”, disse a ministra, logo no início de seu voto.

O placar geral do julgamento está em 3 a 1 pela condenação de Bolsonaro, em um colegiado de 5 ministros. Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cármen Lúcia votaram a favor da condenação de todos os acusados, enquanto Luiz Fux divergiu e absolveu a maior parte dos réus, incluindo o ex-presidente. Nesta quinta-feira, após Cármen Lúcia, quem vota é o presidente da Turma, Cristiano Zanin.

Fonte: Metrópoles e R7


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