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O Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI) vai julgar, na tarde desta segunda-feira (14), a partir das 14h, o Habeas Corpus da vereadora Tatiana Medeiros (PSB), em Teresina.
De acordo com a Corte, a sessão judiciária ordinária ocorrerá por videoconferência e será presidida pelo desembargador Sebastião Ribeiro Martins, presidente do TRE-PI, e terá como relator o juiz José Maria de Araújo Costa.
"As sessões do Tribunal são transmitidas ao vivo pelo canal oficial do TRE-PI no YouTube, onde também permanecem disponíveis para acesso posterior. O conteúdo pode ser consultado pelo endereço eletrônico: www.tre-pi.jus.br. As pautas de julgamento, bem como as atas das sessões, também estão disponíveis no site do TRE-PI, na aba “Pautas e Atas das Sessões”, que reúne todos os processos relacionados", informou o TRE acrescentando que o processo tramita sob o nº 0600052-63.2025.6.18.0000 e figura como item 2 da pauta de julgamento nº 033/2025.
No caso em questão, o advogado da vereadora, Samuel Castelo Branco Santos, requer a revogação da prisão preventiva decretada pelo juiz Luís Henrique Moreira Rego, integrante do Núcleo de Juízes Eleitorais de Garantias do TRE-PI. Em audiência de custódia realizada em 04 de abril, o magistrado decidiu manter a prisão da vereadora, alterando apenas o local de detenção — da sede da Polícia Federal para um alojamento especial no Quartel do Comando Geral (QCG) da Polícia Militar do Piauí —, em respeito à prerrogativa profissional da custodiada, que também exerce a advocacia.
Entenda o caso
A vereadora Tatiana Medeiros (PSB) foi presa, no dia 03 de abril de 2025, em sua residência durante a Operação Escudo Eleitoral, deflagrada pela Polícia Federal. O A10+ apurou que a prisão envolve compra de votos nas eleições de 2024. A parlamentar está no centro de uma polêmica após a prisão do então namorado membro de uma facção criminosa.
"A investigação, iniciada após a divulgação dos resultados das Eleições 2024, identificou elementos que apontaram vínculo entre candidata eleita ao cargo de vereadora na capital piauiense e expoente de facção criminosa violenta com grande atuação no estado. Há indícios de que a campanha eleitoral da parlamentar foi custeada com recursos ilícitos oriundos de facção criminosa, bem como de desvios de recursos públicos de uma instituição não governamental", afirmou a PF.
Além das medidas judiciais citadas, o Juízo Eleitoral determinou a suspensão das atividades da ONG, com o consequente impedimento de receber qualquer novo aporte de recursos, e a proibição dos suspeitos afastados de suas funções de frequentarem os locais que trabalhavam e de manter contato com outros servidores.
A vereadora eleita Tatiana Medeiros, antes de assumir uma cadeira na Câmara Municipal de Teresina, esteve envolvida em um escândalo sobre suposto financiamento de campanha por facção criminosa durante as eleições de 2024.
Eleição
Candidata pelo PSB, ela obteve quase 3 mil votos na capital piauiense. Durante a campanha, Tatiana levantou a importância do Ativismo Social e religiosidade, principalmente, por meio do seu instituto "Vamos Juntos", localizado na Avenida Boa Esperança, zona Norte da capital, que atende famílias em vulnerabilidade social. Nas redes sociais, ela compartilha a rotina de ações e projetos em comunidades.
Conforme o site do Tribunal Superior Eleitoral, o total líquido de recursos recebidos durante a campanha foi de R$ 38.881,00, sendo que o total de despesas contratadas chega a R$ 12 mil.
Antes de ser presa, vereadora alegava perseguição
A vereadora Tatiana Medeiros afirmou em coletiva de imprensa, no dia 01 de abril, que estava sendo vítima de perseguição política após a decisão de afastamento do cargo de secretária geral da comissão executiva do PSB. A medida se dá mediante a citação do nome da parlamentar em uma investigação da Polícia Federal que apura o envolvimento de facções criminosas nas eleições municipais de Teresina.
Tatiana Medeiros afirmou que, apesar da decisão do presidente municipal do partido, Washington Bonfim, ela não pretende desistir e que só ‘falta mandarem matá-la’. A parlamentar está no centro de uma polêmica após a prisão do então namorado que pertence a uma facção criminosa.
“Perseguição política e ninguém vai me parar. A única coisa que vai me parar é se mandar me matarem, que é o que está faltando. Não está faltando nada. Ele falou vamos esperar as investigações e todo o devido processo e nem sequer um processo abriram contra mim. O partido simplesmente jogou na minha mesa unilateral, me desrespeitando em não só a mim, mas a mais de 3 mil vozes que foram para as urnas democraticamente. Esse mandado foi democrático”, dispara.
Fonte: Portal A10+ com informações do TRE-PI