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O Ministério Público do Piauí (MPPI) realizou, nesta terça-feira (15), uma audiência pública para discutir a ampliação do fornecimento de água para consumo humano a pessoas em situação de rua em Teresina. O encontro foi promovido pela 49ª Promotoria de Justiça da capital, sob responsabilidade da promotora de Justiça Myrian Lago.
O debate teve como foco principal as dificuldades enfrentadas por essa população, especialmente diante das altas temperaturas registradas na capital piauiense. “As condições climáticas de Teresina tornam ainda mais difícil a realidade das pessoas em situação de rua. Por isso, o acesso à água – não apenas para beber, mas também para higiene e outras necessidades – precisa ser descentralizado e ampliado”, afirmou a promotora.
Segundo Myrian Lago, o procedimento que deu origem à audiência foi instaurado em 2024 e tem como objetivo encontrar soluções efetivas para garantir o direito à água de forma digna e acessível. Atualmente, os serviços voltados a esse público estão concentrados principalmente no centro da cidade.
A audiência contou com a presença do defensor público Igo Sampaio e representantes da Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas (Semcaspi), do Centro Pop, da Secretaria Municipal de Planejamento e Coordenação, do Conselho Municipal de Assistência Social, da Pastoral de Rua, além de profissionais das áreas de serviço social, psicologia e enfermagem que atuam diretamente com essa população.
Durante o encontro, a gerente do Centro Pop, Daniely Santos, reforçou a importância do apoio institucional. “O Ministério Público é um parceiro fundamental. Sabemos da dificuldade que é garantir o acesso à água, especialmente em Teresina, onde o calor é extremo. Já observamos um aumento na procura por água, inclusive para banho, no nosso centro”, destacou.
Para a promotora, a audiência é uma ferramenta essencial para dialogar com diferentes setores e buscar soluções conjuntas. “É um momento de escuta. O MPPI apresenta uma proposta e abre espaço para ouvir tanto o poder público quanto a sociedade civil. Assim, conseguimos avançar na construção de políticas públicas mais eficazes”, finalizou Myrian Lago.
Fonte: Portal A10+