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O Brasil registrou nesta sexta-feira (29) a primeira morte por varíola dos macacos (monkeypox) fora do continente africano. A vítima é um homem, de 41 anos, que estava internado em um hospital de Uberlândia (MG). Segundo o Ministério da Saúde, ele tinha imunossupressão.
As informações mais recentes sobre óbitos por varíola do macaco divulgadas pela OMS (Organização Mundial da Saúde) eram de cinco óbitos no surto deste ano, todos em países da África, onde a doença é endêmica.
Na quinta-feira (28), o Ministério da Saúde passou a usar o termo “surto” ao divulgar informações relativas aos casos da doença no país. No Piauí, dos quatro casos suspeitos, dois já foram descartados e diagnosticados como síndrome mão-pé-boca. Os outros dois casos ainda estão sendo analisados.
Mundialmente, já são mais de 21 mil casos confirmados, sendo o Brasil o sexto país com mais diagnósticos, atrás dos Estados Unidos, Espanha, Alemanha, Reino Unido e França. Até esta quarta-feira (27), o Brasil tinha 978 casos confirmados de varíola dos macacos, em 15 estados e no Distrito Federal:
- São Paulo (744)
- Rio de Janeiro (117)
- Minas Gerais (44)
- Paraná (19)
- Distrito Federal (15)
- Goiás (13)
- Bahia (5)
- Ceará (4)
- Santa Catarina (4)
- Rio Grande do Sul (3)
- Pernambuco (3)
- Rio Grande do Norte (2)
- Espírito Santo (2)
- Tocantins (1)
- Mato Grosso do Sul (1)
- Acre (1)
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou, na mesma ocasião, que a taxa de hospitalização neste surto tem sido em torno de 10%, na maioria das vezes para controle da dor.
No último sábado (23), a OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou que a varíola do macaco é uma emergência global, afirmando que é necessário um esforço entre países para frear a disseminação do vírus.
A agência admitiu pela primeira vez, hoje, que a doença está se transmitindo, também, por relações sexuais.
Transmissão
O CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) dos Estados Unidos resume as principais formas de transmissão do vírus.
• Contato direto com as lesões de pele de uma pessoa infectada ou com fluidos corporais.
• Secreções respiratórias durante contato prolongado, face a face, ou durante contato íntimo, como beijo, carinho ou sexo.
• Tocar em itens (como roupas ou lençóis) que foram usados por alguém com a doença.
Como se proteger
Sendo o contato sexual a principal forma de infecção pelo vírus monkeypox neste momento, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, reforçou a importância da proteção individual.
"A melhor forma de fazer isso [frear a taxa de transmissão] é reduzir o risco de exposição. Isso significa fazer escolhas seguras para você e para os outros."
O chefe da OMS deu três recomendações comportamentais:
• Reduzir o número de parceiros sexuais.
• Reconsiderar ter novos parceiros sexuais neste momento.
• Trocar contatos com parceiros sexuais — em caso de detecção da doença, isso facilita o rastreamento.
"É uma doença que se transmite por contato próximo, existem outros modos de transmissão, não só o contato sexual, existe o contato pele a pele e de mucosas. É importante que qualquer pessoa que tenha varíola do macaco se isole para proteger as pessoas com quem convive", acrescentou Rosamund.
Sintomas
Além das tradicionais lesões cutâneas, alguns dias antes, as pessoas infectadas podem apresentar sintomas genéricos de alguma infecção. São eles:
• Febre
• Calafrio
• Cansaço
• Inchaço e dor nos gânglios linfáticos atrás da orelha, no pescoço, embaixo do braço ou na virilha
• Dores nas costas e de cabeça
Ocorre que nem todas as pessoas que têm as erupções na pele têm esse período de sintomas prévio e podem confundir as lesões, deixando a doença passar despercebida.
Por isso, é importante estar atento ao período de incubação e a uma eventual exposição, principalmente por contato sexual. As manifestações genéricas costumam surgir entre cinco e 21 dias após o contato com o vírus.
Fonte: R7