A família de Taina da Silva Sousa, jovem encontrada morta em um apartamento na zona Sul de Teresina no dia 22 de julho deste ano, segue em busca de justiça e pede o apoio da população para localizar o principal suspeito do crime: o primo da vítima, Herleson de Sousa, conhecido como "Coquinho".
Inicialmente o caso era tratado como suicídio, mas as investigações mudaram após laudos periciais confirmarem que Tainá foi morta por esganadura. Além disso, material genético de Coquinho foi encontrado na mão direita da vítima e a polícia identificou tentativa de forjar a cena do crime com o uso de medicamentos, na tentativa de simular um suicídio.
A advogada da família, Rayza Santos, falou com a TV Antena 10 nesta terça-feira (26) e afirmou que o inquérito só poderá ser concluído após a captura do suspeito.
“A família está enlutada, seguimos lutando por justiça. Enquanto não conseguirmos capturar o Coquinho, não vamos conseguir concluir esse inquérito. A assistência de acusação está acompanhando as investigações para que ele seja pego o quanto antes e para que a gente possa dar um destino para esse processo”, declarou.
Taina morava sozinha e havia acolhido o primo em casa. Segundo a advogada, os dois mantinham uma relação de amizade. Coquinho vivia em situação de rua, era usuário de drogas e estaria recebendo ameaças de traficantes devido a dívidas.
“Esse caso pegou a família de surpresa. Os dois eram primos, tinham uma amizade, uma relação boa e ninguém esperava que ele seria o principal suspeito desse inquérito. Ela morava sozinha há pouco tempo, e ele chegou a implantar medicamentos na cena do crime para tentar simular um falso suicídio”, explicou Rayza.
Segundo a advogada, a delegada Nathalia Figueiredo foi a responsável por descartar a hipótese inicial de suicídio ainda nos primeiros momentos da investigação. Com base nos laudos, a advogada fala que a polícia deve trabalhar com a possibilidade de feminicídio, mas outras linhas de investigação permanecem abertas.
“Acredito que de fato a delegada vai indiciar o Coquinho por feminicídio, todavia outras vias de investigação ainda estão abertas. Nesse primeiro momento, a nossa urgência é encontrá-lo. Até o momento, não há nenhum palpite concreto sobre a motivação do crime”, afirmou Rayza.
A família de Taina pediu que a imagem de Coquinho seja amplamente divulgada para ajudar na sua localização. Informações sobre seu paradeiro devem ser repassadas à polícia. “A maioria da família clama por justiça e por mais que tenha essa questão do parentesco, a família esta bem unida para buscar justiça”, completou a advogada.
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