Depois de confirmar desistência da pré-campanha a Prefeito de Teresina e, dois dias depois pular do ninho tucano, o empresário João Vicente Claudino tem recebido afagos dos principais nomes que disputam o Palácio da Cidade. Mas, só há espaço para um e, por isso, a Coluna Bastidores ouviu pessoas ligadas aos grupos e traz agora a análise sobre o futuro político de JVC nesta eleição.
Dr. Pessoa (PRD)
A estratégia foi começar o afago por um amigo pessoal de João Vicente, o pré-candidato a vereador Paulo Roberto da Iluminação. Não à toa o Prefeito Dr. Pessoa sugeriu a possibilidade de convidá-lo para ser seu vice, uma forma também de atrair JVC. Mas, não deu certo por motivos internos. O PRD descarta qualquer nome do partido para compor a chapa majoritária. “Já temos o Prefeito”, disse o vereador Renato Berger. Desta forma, a expectativa de apoio de João Vicente Claudino parece um sonho muito distante.
Tonny Kerley (NOVO)
É um amigo de João Vicente Claudino e, a princípio o nome que ele estaria mais disposto a apoiar nesta eleição. Porém, pesa uma situação. Tonny Kerley, apesar de estar em oposição ao governo estadual, faz duras críticas ao ex-Prefeito Sílvio Mendes. Porém, de acordo com uma liderança do partido do pré-candidato, ele teria familiares ligados ao Partido dos Trabalhadores o que pode, em tese, levar a apoiar Fábio Novo em um eventual segundo turno. O OPINIÃO E NOTÍCIA não confirmou esse fato com Kerley, no entanto, o partidário que prefere não ser identificado, faz uma última ressalva: “se JVC tiver que apoiar o Fábio Novo por tabela no segundo turno, porque então não apoiar logo no primeiro?”, deixa no ar.
Jorge Lopes (PSDB)
Uma pessoa próxima a João Vicente. Jorge Lopes até seria um caminho natural. Porém, o agora pré-candidato tucano a Prefeitura de Teresina teria atropelado o processo de escolha, através de pesquisa, entre o seu próprio nome, o apresentador Silas Freire e o vereador Edson Melo. Esses últimos declinaram do convite. Jorge Lopes foi a Brasília em busca de apoio da executiva nacional do partido.
Sílvio Mendes (UB)
Aqui seria hoje uma opção impensada. No ato da sua desistência da pré-candidatura João Vicente deixou claro que não apoiaria Sílvio Mendes. O motivo seria uma espécie de “complô” junto a executiva nacional do PSDB para inviabilizar sua candidatura, mantendo Luciano Nunes no comando do partido no Piauí, segundo uma fonte próxima ao empresário. Haveria ainda outros fatores, mas “prefiro silenciar quanto a isso”, afirmou nossa fonte.
Fábio Novo (PT)
João Vicente Claudino está a anos em oposição ao Governo. O motivo principal tem um nome, o Ministro do MDS, Wellington Dias. A princípio esta talvez fosse a última opção para o ex-tucano. Mas, não há nada que pese contra Fábio Novo e nem ao Governador Rafael Fonteles. Diante do atual cenário político, essa guinada de JVC parece ser a mais forte. Não por amor ao PT ou a cargos que por ventura poderiam ser oferecidos, mas por ser a opção mais pragmática e menos emocional dentre os demais pré-candidatos.