O lixo na porta das casas passou a ser rotina em Teresina, independente de ter paralisações ou não dos trabalhadores. É o que acontece, por exemplo, no bairro São Cristóvão, zona leste, onde o recolhimento nesta quarta-feira (20) não aconteceu em diversas ruas. Outros bairros de várias regiões também registraram o problema.
À coluna Bastidores, o presidente do Sindicato dos Empregados de Asseio e Conservação do Estado do Piauí, afirmou que não há problemas com os trabalhadores e criticou o Consórcio EcoTeresina, formado pelas empresas Aurora e Recicle. Jônathas Miranda falou ainda sobre a expectativa com o fim do contrato e uma nova licitação emergencial a ser feita pela Prefeitura.
“Vamos aguardar. A partir de agora tem uma transição de 30 dias entre uma empresa e outra. Mas, a que está atualmente é muito ruim. Trabalhadores e caminhões estão trabalhando, sem problema. Mas, eles tem um péssimo controle de logística”, disse.
Nesta quarta-feira (20) o Presidente do Tribunal de Justiça do Piauí derrubou liminar que mantinha a atual empresa no serviço de limpeza pública e, com isso, abriu espaço para que a Prefeitura de Teresina faça uma nova licitação emergencial.
Empresa estaria sabotando o serviço de limpeza?
A princípio não é possível afirmar, mas a Prefeitura de Teresina lançou nota no final da manhã desta sexta-feira (22) onde confirma que a ETURB registrou reclamações sobre falhas no recolhimento de lixo domiciliar. Entre os problemas apontados estão: desligamento dos GPSs dos veículos; falta de recursos para abastecimento da frota.
A ETURB diz ainda que está em tramitação novo acordo com o Tribunal Regional do Trabalho para pagamento de R$ 6 milhões diretamente aos trabalhadores nesta fase de transição para outra empresa assumir o serviço na capital.
VEJA NOTA NA ÍNTEGRA:
A Empresa Teresinense de Desenvolvimento Urbano (ETURB) informa que está ciente do grave problema da falta de coleta de lixo em diversos bairros de Teresina, provocada pelo consórcio Recicle/Aurora, e está atuando de forma efetiva para a solução mais breve do problema.
Além das falhas na coleta, a empresa chegou a atrasar pagamentos aos trabalhadores da limpeza e também aos proprietários de caminhões terceirizados, agravando ainda mais a situação. Nos últimos dias, foram identificadas práticas como o desligamento do sistema de GPS dos veículos, numa tentativa de ocultar a real execução do serviço. A alegação atual é de que o Consórcio não teria condição financeira para pagamento de diesel, ainda que todos os pagamentos devidos pela Prefeitura estejam quitados, ou dentro do prazo de análise e quitação. Assim, a ETURB não compreende por que a empresa deixou de abastecer sua frota, prejudicando diretamente a população.
O processo de contratação das empresas que substituirão o Consórcio já foi concluído, entretanto é necessária uma fase de transição correspondente ao tempo de mobilização de equipamentos e contratação de pessoal. Desta forma, a Prefeitura de Teresina encaminhou novo acordo junto ao TRT para permitir o pagamento de cerca de 6 milhões de reais, viabilizando a quitação e despesas imediatas pelo Consórcio e o retorno às atividades, durante tal fase de transição.
Por fim, pedimos humildemente a compreensão dos teresinenses neste momento de transição, com a chegada das novas empresas responsáveis pela limpeza urbana. Temos convicção de que, em breve, Teresina voltará a ser exemplo de organização e limpeza, como já foi em outras gestões do prefeito Sílvio Mendes. Nosso compromisso é devolver à cidade o padrão de qualidade que o cidadão merece.