A denúncia foi formulada na 61ª Zona Eleitoral do Piauí nesta sexta-feira (31) pela coligação A União Constrói Um Novo Futuro, encabeçada pelo PSD da cidade de Arraial do Piauí. A representação quer a cassação do mandato do Prefeito eleito, Aldemes Barroso da Silva (PP) e seu vice, Numas Pereira Porto. Eles são acusados de abuso de poder econômico e suspeita de Caixa 2 de campanha. Pelo menos dois eventos teriam sido realizados fora do município sem que houvesse a prestação de contas à Justiça Eleitoral.
“Insta-nos ressaltar, que no dia 13 de setembro, ás 18h 30m, na cidade de Teresina – PI, foi realizado evento em local particular (Giga Espaço Eventos), sendo que o próprio candidato fez o convite em suas redes sociais. Foi possível identificar distribuição de bebidas, estrutura do evento (luzes, balões), inclusive, realização de show ao vivo. Portanto, da análise da Prestação de Contas, foi possível aferir que as bebidas, o material do evento, bem como, a contratação do local/espaço e da Banda, não restaram declaradas pelo candidato, comprometendo assim, a transparência e a apreciação da prestação de contas. (Doc. vídeo anexo). O evento foi realizado em uma sexta-feira, com isso, como apresentado pelo Giga Espaço Eventos, as locações para as sextas-feiras são no valor de R$ 730,00 (setecentos e trinta reais)”, aponta trecho da ação.
O documento, assinado pelo advogado eleitoral Wallyson dos Anjos, há muitas imagens para enfatizar a denúncia, como em carreatas e eventos políticos, onde as despesas ou mesmo doações de paredões, combustíveis, camisetas, bandeiras e tendas tenham passado pela prestação de contas da campanha. Chama atenção um segundo evento realizado fora do município, desta vez em Floriano.
“Revolvendo a Prestação de Contas e realizando um cotejo com as imagens da campanha. Observou-se, que no dia 19 de setembro, na cidade de Floriano-PI, foi realizado evento em local particular, com distribuição de bebidas (cerveja, refrigerante, cajuína, whisky old par). Da análise da Prestação de contas, foi possível identificar que a locação ou doação do local não restou registrado na prestação de contas bem como as bebidas também não foram declaradas. Como se vê, resta configurado abuso do poder econômico, despesas não contabilizadas e um claro desequilíbrio eleitoral”, concluiu a denúncia.