Uma morte ainda cercada de mistério que pode estar ligada a um possível vazamento de imagens íntimas. O prefeito de Sigefredo Pacheco, Murilo Bandeira da Silva, foi acusado e, nesta quinta-feira (7) prestou depoimento à Polícia Civil do Piauí negando qualquer envolvimento na divulgação de fotos pessoais da ex-servidora municipal Jaquiely. O caso, que levanta questionamentos sobre privacidade e exposição indevida, está sob apuração no Inquérito Policial nº 4009/2025, conduzido pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher e aos Grupos Vulneráveis, em Campo Maior.
Segundo o depoimento de Murilo Bandeira, ele conheceu Jaquiely em 2021 e, em 2024, a ex-servidora solicitou uma oportunidade de trabalho, sendo designada para atuar como auxiliar de sala em uma escola do município. O gestor afirmou que sua relação com a funcionária sempre se manteve em um âmbito estritamente profissional e que não teve acesso ou repassou quaisquer imagens pessoais da mesma.
O caso ganhou atenção após Jaquiely entrar com um pedido de medida protetiva contra o prefeito, alegando que ele seria o responsável pelo vazamento das imagens. De acordo com o depoimento de Murilo, no dia 3 de março, o esposo da ex-servidora teria procurado sua esposa, Ana Kerole, para questionar se ela tinha conhecimento sobre as fotos. No dia seguinte, Jaquiely teria tentado contato telefônico com o prefeito, que afirmou ter visualizado a chamada apenas no dia 5 de março, pois estava fora de área. Ainda nesse mesmo dia, ele foi oficialmente notificado da concessão da medida protetiva.
Durante seu relato às autoridades, Murilo mencionou que recebeu um áudio de visualização única de Jaquiely, no qual ela afirmava que seu marido havia mencionado as fotos e que o prefeito seria o responsável pela divulgação. O gestor alegou não se recordar exatamente do conteúdo da mensagem e afirmou que optou por não respondê-la devido à existência da medida protetiva.
O prefeito reforçou sua intenção de colaborar com as investigações e declarou que compareceu espontaneamente à delegacia para prestar esclarecimentos. Também anexou ao processo uma ata notarial com informações extraídas de seu aparelho celular, com o objetivo de comprovar a veracidade de sua versão dos fatos.
Além disso, Murilo Bandeira criticou a forma como alguns veículos de imprensa divulgaram a história, alegando tendenciosidade e prejulgamento. Ele declarou que pretende tomar medidas legais contra aqueles que, segundo ele, disseminaram informações de forma maliciosa e sem base comprobatória, causando danos à sua imagem.
Por fim, o prefeito expressou pesar pela perda de Jaquiely e solidarizou-se com sua família, enfatizando a importância do respeito e acolhimento em momentos de dor. A investigação segue em andamento para esclarecer todos os detalhes sobre o caso.