(Atualizada às 13h14)
O candidato Coronel Diego Melo (PL) anunciou no início da tarde desta quinta-feira (29), durante coletiva de imprensa, que desistiu de disputar o cargo de governador do Piauí.
Nas pesquisas, Diego aparecia em terceiro lugar. A três dias das eleições, o coronel decidiu suspender a candidatura majoritária e vai apoiar Sílvio Mendes (União Brasil) na disputa estadual.
Anna Paula Couto / A10+
Nos últimos dias, Diego enfrentou uma série de polêmicas. Em uma delas, o presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou em live apoio ao seu então rival na disputa, Sílvio Mendes. Na época, questionado sobre o assunto, Melo havia relatado que iria se reunir com o mandatário e esclarecer que no estado ele apoiava seu projeto de reeleição.
Na quarta-feira (28), o coronel Diego se envolveu em discussão com outros candidatos que não aceitaram ele participar de um debate armado em uma emissora de televisão.
O coronel esclareceu que a renúncia foi uma decisão coletiva do partido que passou pelo seu candidato a vice, coronel Carlos Pinho, a direção estadual do PL e os integrantes das chapas proporcionais da sigla.
Nesta semana, Diego Melo já havia relatado à imprensa que, em caso de um provável segundo turno, apoiaria Sílvio Mendes. Na pesquisa Real Time Big Data, encomendada pela Record TV, o candidato do PL aparecia com 3% das intenções de voto.
Após desistência, Diego Melo focará exclusivamente no Piauí na campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) que tenta a reeleição.
Sílvio Mendes comemora adesão de Diego Melo
Em vídeo, o candidato Sílvio Mendes (UB) comemorou a chegada de Diego Melo ao grupo de oposição. Ele citou que o objetivo é mudar esse 'governo ruim'. "Conheço o Diego desde que nasceu, somos amigos há muito tempo, por isso é muito importante receber o Diego entre nós, recebo com muita honra", disse.
Embate com candidatos no Fogo Cruzado
Na última segunda-feira (26), o coronel Diego Melo participou do Fogo Cruzado, debate promovido pela TV Antena 10. No programa, ele teve um embate com Gustavo Henrique (Patriota). Na ocasião, Gustavo questionou o oponente sobre políticos exercendo cargos de secretarias, além de sua suposta ausência no quartel e a declaração de Jair Bolsonaro, candidato a presidência, a Silvio Mendes e Joel Rodrigues.
"Você está vinculando a esse candidato que ai está. Desse atual desgoverno. Nós vamos reduzir impostos, taxas e burocracia que ele criou, que você apoia a criação. Nós temos o dobro da carga tributária de como eles e você assumiram o governo há 20 anos atrás. Eu estou a três anos na associação dos oficiais, eleito, e lá trabalhando todos os dias pela segurança pública do Piauí", declarou Diego Melo.
Na resposta, Gustavo Henrique seguiu trocando farpas e respondendo alegações de Diego Melo: "Dizer que ninguém me comanda. Eu não sou coronel nem soldado. Ninguém me comanda, não tenho um lado, tu está toda hora ai nas tuas redes sociais com ministro da Casa Civil, tu recebeu R$ 600 mil de fundo eleitoral, eu não recebi zero, tu era contra até dois anos atrás, recebeu e está gastando como vários outros candidatos aqui presente. Eu não sou hipócrita", afirmou Gustavo Henrique.
Coronel Diego Melo é contra governo petista e fez duras críticas durante sabatina
Em 24 de agosto, durante sabatina na TV Antena 10, o Coronel Diego Melo apresentou suas principais propostas de governo e também teceu diversas críticas à atual gestão piauiense, sobretudo ao Partido dos Trabalhadores (PT). Em sua fala, o Coronel afirmou que o PT teria ligação com as facções criminosas atuantes no estado.
“Eu vejo com pesar essa desastrosa gestão de PT que arruinou o Piauí, acabou com a segurança, trouxe as facções criminosas, envergonha os professores e não paga o piso. Não tem uma obra estruturante. Em vez de fazer o porto no Piauí, foram fazer em Cuba para fazer tráfico de drogas com o Fidel Castro”, disse.
Após saída do militar, a disputa ao Governo do Piauí segue apenas com 8 candidatos, são eles: Rafael Fonteles (PT); Sílvio Mendes (União Brasil); Gessy Lima (PSC); Lourdes Melo (PCO); Madalena Nunes (PSOL); Gustavo Henrique (Patriota); Geraldo Carvalho (PSTU) e Ravenna Castro (PMN).