Usando camisetas brancas e com cartazes pedindo “Justiça”, familiares e amigos do estudante de Direito, João Pedro Teixeira, realizaram uma vigília nesta terca-feira (21) no Parque da Cidadania, Centro de Teresina. O jovem completaria 23 anos hoje, mas teve sua vida interrompida após ser atingido com um disparo de arma de fogo durante uma tentativa de assalto na última sexta-feira (17) na zona Leste da capital.
No dia do crime, a vítima estava a caminho de uma entrega quando foi abordada pelos criminosos que estavam em uma motocicleta. João Pedro tentou fugir da dupla, mas foi baleado. Ele morreu ainda no local. Horas depois do assassinato, a polícia prendeu Victor Daniel, apontado como autor do disparo que matou o estudante de Direito. O comparsa, que pilotava a motocicleta, segue foragido.
“Nunca tinha nos meus 43 anos de vida enfrentado um momento tão difícil. Ainda não consigo ter uma palavra [para definir o momento]. Quando tive um problema cardíaco, ele cuidou da nossa empresa. Um dia ele sentou do meu lado e pediu para fazer as entregas, já que eu não podia. Ele vivenciou tudo com a gente, mexendo com produção de eventos. Ele viveu intensamente. Esses dias sem ele, parece que desde o dia que morreu, incorporou na família. Tem fortalecido a gente em todos os sentidos, nunca fui forte desse jeito. Ele era um menino tão bom que não podia ser contaminado com as coisas do mundo e acho que por isso que Deus o levou”, relatou o pai do jovem em entrevista ao Cidade Alerta Piauí, da TV Antena 10.
Edsonnovaque descreveu que o sentimento é de tristeza, principalmente porque o principal responsável por efetuar o disparo que matou seu filho já teve oito passagens pela polícia e que, caso tivesse preso, o crime talvez não teria ocorrido.
“Por que esses marginais que cometem tantos crimes estão soltos? Será que esses juízes que vivem em casas boas, cercada de segurança, não têm medo dessa violência chegar nas casas deles? Precisamos de todos os amigos nesse momento... os primeiros dias são de comoção, mas a gente sabe que depois cada um cuidar vai cuidar da sua vida e aí é que vamos começar a sentir falta dele”, encerrou.
Pedro Teixeira era um jovem sonhador, esforçado, dedicado e que vivia para o trabalho e a família. Ele mantinha com o pai uma empresa no ramo de cosméticos. O estudante, que completaria 23 anos nesta terça (21), estava prestes a concluir o curso de Direito em uma faculdade particular da capital.