A advogada Liliana Silva Rodrigues de Sousa, que tentou entrar no presídio Jorge Vieira, em Timon-MA, com drogas no sapato, pagou uma fiança de R$ 2 mil e foi solta pela justiça maranhense. A decisão foi proferida nesta quarta-feira (10) pelo juiz Weliton Sousa de Carvalho, titular da Vara da Fazenda Pública.
A droga foi encontrada quando a advogada passava pelo scanner do presídio, que encontrou o entorpecente dentro do sapato que ela usava. Durante interrogatório, Liliana confessou que essa foi a segunda vez que ela tentava entrar no presídio com entorpecentes.
Na decisão, obtida pelo A10+, a justiça estabeleceu que a advogada deverá cumprir algumas medidas restritivas, entre elas: comparecimento em juízo a cada 30 dias; não poderá se ausentar por mais de 30 dias sem autorização da justiça, não poderá mudar de endereço sem aviso prévio e também está proibida de frequentar dependências prisionais de qualquer tipo. A justiça também determinou a suspensão do exercício profissional da advogada, no que diz respeito à atuação na esfera criminal.
Em nota divulgada à imprensa, a Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Maranhão e a OAB Subseção Timon destacaram que acompanham o caso de Liliana e que foi prestado auxílio à advogada, como forma de assegurar suas prerrogativas.
"A OAB Maranhão não compactua com qualquer transgressão eventualmente praticada por quem quer que seja, entretanto, reitera seu compromisso histórico não só com a defesa de prerrogativas da advocacia, mas, sobretudo, com os princípios constitucionais do contraditório, da ampla defesa e da presunção de inocência, segundo o qual ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de ação penal condenatória. Vale ressaltar ainda que, por meio de ofício, foi solicitado à Secretaria de Administração Penitenciária acesso aos procedimentos realizados por esta equipe e o auto de prisão. Configurada a materialidade e autoria, o TED abrirá um procedimento de suspensão preventiva".